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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Advento



Meditando a chegada de Cristo, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração


O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.

Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.
Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.
Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.
No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.
Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?
No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?
No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.
No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.
A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.
O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.

Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).
Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação! 

Fonte
Ola amadinhos tudo bem?
Ontem recebi o jornal do Padre Reginaldo Manzotti e para minha surpresa há nele um texto muito bem elaborado falando justamente de nós: CATEQUISTAS!!!
Então resolvi compartilhar aqui com vocês:

O catequista é uma pessoa especial.

Sua missão humaniza, evangeliza , santifica, salva as pessoas.
Olhemos para o catequista como um pai/mãe de nossos filhos, um benfeitor da sociedade, um missionário da Igreja.
Vejamos algumas qualidades necessárias ao catequista:

1- sólida espiritualidade. SIM o catequista transmite sua experiência de fé, sua vida de oração, sua convicção interior, sua consciência cristã e eclesial.



2- testemunho de vida. Fala mais pelas boas obras e bons exemplos do que pelas palavras. Faz o que ensina. O mundo acredita mais nos testemunhos do que nos mestres. O testemunho cativa e convence os ouvintes.


3- o amor aos catequizandos. Sem amor aos catequizandos é impossível a verdadeira catequese. Catequizar  é querer bem, o amadurecimento, a santificação e a salvação das pessoas.


4- competência. É preciso ler sempre, participar das formações, aprofundar teologia, cultivar-se permanentemente, preparar bem os encontros. A competência cria confiança e adesão do ouvinte. A mediocridade é inimiga da fé.


5- ser facilitador. Significa ter pedagogia, boa comunicação, cuidar dos catequizandos pela motivação, compreensão e disciplina, ajudando-os nas dificuldades.



6- inserção comunitária. Todo catequista deve ser pessoa inserida na Igreja, envolvida na comunidade, participante das celebrações e da vida da Igreja.



7- conhecer a família dos catequizandos. Esta questão é fundamental , ou seja, conhecer e catequizar as famílias, porque o catequista é também pai/mãe da sua turma, do seu grupo. Daqui brotam muitas inspirações e frutos para a catequese.



8- paixão. Ser apaixonado, entusiasmado, convicto da sua missão. Amar o que faz. Ter desejo, motivação, gosto e fé pela catequese.



9- criatividade. O catequista não deve ser rotineiro, copiador, doutrinador ou pior ainda, apenas leitor do livro de catequese. O grande mal para a catequese é a rotina, a mesmice, a acomodação. Daí a importância da criatividade, interesse, motivação do catequista.



10- adaptação. SIM adaptar-se a realidade dos crismandos é uma exigência e necessidade de qualquer educador. Descer do pedestal, aproximar-se, interessar-se pela pessoa e pela realidade do catequizando é algo indispensável. As pessoas não são objetos, não são apenas números, nem merecem ser tratados como anônimos distantes, desconhecidos. A catequese acontece com a aproximação, a inculturação*, a adaptação. É necessário , pois ter flexibilidade, compreensão e compaixão.



11- paciência. Evitar a agressividade, a precipitação , o desânimo e a decepção, significa ter paciência. Não confundamos paciência com resignação , permissividade, omissão. Paciência significa ter esperança, sempre recomeçar, compreender e perdoar.



12- articulação. O catequista é uma pessoa de diálogo, interação, parceria , aliança. Deverá articular-se com os colegas catequistas, com o pároco, com as outras pastorais e com a diocese. É pessoa aberta, que cria laços de entreajuda a correção, o apoio dos outros e novas idéias. O tradicionalismo, o fanatismo e o fechamento são patologias a serem superadas.



13- profeta. SIM, o catequista é um profeta. Alimenta-se da Palavra e com coragem denuncia o mal e anuncia a verdade, a justiça , o bem. Ser profeta é assumir a dimensão social e transformadora da fé, conhecer a doutrina social da Igreja, unir fé e vida, defender os direitos humanos, a ecologia, o bem comum. Nossos catequizandos devem ser bons cidadãos , ter consciência da realidade social, política e econômica. O profeta ajuda a abrir os olhos,a ter os pés no chão, a lutar pela promoção da dignidade humana.


( colaboração: Dom Orlando Brandes)
arcebispo de Londrina- Pr.

Acredito que nem preciso comentar nada sobre este texto, as poucas linhas ja descrevem TUDO !!!

Abraços carinhosos e beijos abençoados.
Denyse Prado.
catequista.
 

Receita para uma catequese feliz!

    Se é que isso é possível...
    Mas vamos lá, vamos ser otimistas e acreditar que ela existe e está logo ali. 


    Enfim, como mudar a nossa catequese? Como "animar" nossas crianças? Como fazê-los gostar da catequese e da nossa religião? Como fazer os pais participarem? Como fazer da catequese prioridade para os párocos e demais lideranças?
    NÃO SE FAZ CATEQUESE COM CRIANÇAS SEM FAZER, TAMBÉM, COM ADULTOS.
    E quem são estes adultos? A família das crianças? Não teria mais “adulto” nessa história?    
    E como fazer catequese com a família? Inventar encontros de pais em que quase ninguém comparece? Inútil e frustrante.
    E olha que esse "povo adulto" pode ser até nossos próprios colegas catequistas...
    Colocar a tal "Catequese familiar" como prioridade. Bingo! Achamos o primeiro ingrediente necessário...
    Mas só se isso for REALMENTE levado a sério pela comunidade eclesial, senão não passará de mais uma "atividadezinha", inventada por catequistas que acham que ninguém tem o que fazer e amam ler documentos... Precisa-se envolver TODA a Igreja nisso.

    Para reforçar, coloco aqui uma coisa que diz o DNC (é, sou "daqueles"! Que não tem o que fazer e amam ler documentos, rsrrsrs...):
   "A Igreja transmite a fé que ela mesma vive e o catequista é um porta-voz da comunidade e não de uma doutrina pessoal." (DNC 39).
    Por aí se vê que não se faz nada SOZINHO! E que a Igreja não é “sua”, nem é “você”. Ainda mais se você é um simples catequista "ninguém" e o povo da coordenação também "dorme no ponto". Mas se você é da coordenação: tem o PODER! Ou deveria ter...
    Os coordenadores da catequese fazem parte do Conselho Pastoral e tem voz lá. Podem levar às demais lideranças os anseios, necessidades, aspirações, dificuldades, choradeiras, etc. e tal... Podem acreditar que se vocês contarem das experiências que estamos vivendo, eles nunca mais serão os mesmos! Terão pesadelos por semanas...
    Ah! E tem mais: "o catequista é um autêntico profeta, pois pronuncia a Palavra de Deus, na força do Espírito Santo.", isso ainda no 39. E no 41: "a catequese educa para a vida de comunidade, celebra o compromisso com Jesus”.
    Então? Por que ter medo? Vamos botar a boca no trombone. Profeta que se preza "profetiza"! Não tem barriga de baleia que esconda a gente. E muito menos vamos esperar crescer um pé de mamona em cima da gente...
    Tarefas da catequese: EDUCAÇÃO, INICIAÇÃO E INSTRUÇÃO.
    E vocês acham que isso é só pra criançada? Não, é pros adultos também. E deve começar na marmanjada que está na paróquia, que participa das outras pastorais, trabalha na paróquia, inclusive aquele que "reza" a missa... E que acham "lindo" o dia da Primeira Comunhão na comunidade, sem saber o quanto de sangue, suor e lágrimas você derramou pra isso...
    Eu penso que nada, nada mesmo, faremos sem que um verdadeiro “CONSELHO” se faça na paróquia, levantando todas as dificuldades pelas quais a catequese e com isso, a própria paróquia, passa. E disso depende o futuro da nossa Igreja e, mais grave ainda, da nossa FÉ na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. O tesouro da fé precisa ser recebido, vivido e crescido no coração de cada catequizando para que a Igreja cresça. E isso quem diz é o DNC também...

    Não basta que só "eu" sinta que temos problemas e que não estamos indo a lugar algum.
    Primeiro passo de mudança: Convoque a equipe de catequese da paróquia. Sente, avalie, exponha os “podres”, “lave a roupa suja”, só não bata em ninguém... Coloque no papel os problemas que a catequese está vivendo. Mas, PELAMORDEDEUS! Pelo amor que você tem à catequese: não engavete o relatório! Não deixe isso só no “falatório”, não faça disso só mais um "blá blá blá". Leve ao pároco, insista em colocar o Conselho Pastoral a par da situação. É para isso que ele serve. Não se faz reunião de conselho só pra tomar chá e discutir onde vai o dinheiro da festa.
    Não é possível que a paróquia não tenha espaço físico para acolher as crianças! Não é possível que você não tenha acesso a uma chave de porta! Não é possível que o pároco pense que "problema da catequese" tem que ser “resolvido pela catequese"! O primeiro catequista da paróquia é ele! E se alguém perguntar "e eu com isso?" Dê-lhe uma chulapa e pergunte: "Quer ser coordenador pra que?" Tem que agir e honrar a “camisa”!
    E se você não é coordenador nem do mural de aniversários? Paciência... PACIÊNCIA NADA! Vai já conversar com o coordenador (a)! Ou vai sofrer até a aposentadoria? Que, aliás, ouvi dizer, é deprimente... lustrar sibório, lavar sanguinho, manustérgio, trocar água e vinho da galheta... Ah, isso é tarefa de ministro! Pois é, então nem isso vai ter pra fazer...
    Esse é o primeiro ingrediente da receita:
    TRABALHAR EM COMUNIDADE. Chamar as lideranças pra "responsa"!
VAMOS LÁ! (Autora: Angela Rocha)
Leia o email que recebi de uma grande amiga que leu o texto acima ainda no blog da Angela Rocha.
"Boa tarde, Jonathan!!!  
 
Antes do comentário propriamente dito, gostaria de salientar aspectos que vou me ater para o comentário
a ser feito:
 
o  meu chamado a ser catequista  tem toda uma historia  em que me ensinou que todos nós passamos por uma experiencia  de vida em que  diferenciam  em um único aspecto :  com fé e sem fé.
 
eu felizmente e graças á minha querida mãe falecida)  que foi  com muita fé, fé verdadeira e com muito sofrimento, pois meu pai foi alcoólatra  e eu sou a caçula de 7 irmãos.
 
mas foi justamente este sofrimento que foi o suporte para  ter a presença  ativa de Deus em nossas vidas. Hoje digo com alegria e  convicção de que Deus é  através de Jesus Cristo, o meu melhor amigo, amigo de todos os momentos, só tenho que louvar por tamanho amor por mim e toda a minha família.
 
Nesta experiencia de vida,  procurei e a encontrei todo o ensinamento  cristão  que me trouxe uma maturidade em que posso  dialogar  com equilíbrio  os assuntos  de fé. sempre procurei  formação  em todos os níveis  mas jamais deixei de  estudar  em minha casa, sempre lendo livros referentes á catequese, amigos que 
me ajudavam e ajudam a esclarecer duvidas ......e isto é claro sabendo que a aprendizagem nunca acaba
e que também no sou dona da verdade.......
 
A igreja caminha,  santa e pecadora,  precisamos estar dentro dela, com todos os seus defeitos, procurando
compreender que a igreja proposta por Cristo  é a grande  realização  a conquistar por todos os cristãos católicos  onde quer que  vivam.... A igreja já passou por inúmeros momentos em que se pensa que ela poderia ter sucumbido, mas não, pois ela é  sustentada pelo  Espirito Santo.
 
A nossa amiga Ângela  tem razão, quando  grita  que a solução está na família, nos adultos, sem sombra de duvidas;  o clamor dela, foi sempre o meu clamor  e acredito que o é de muitos catequistas, muitos agentes de pastoral, pessoas convictas na fé,  não são comentários ao vento por pessoas que se dizem cristãos e que a qualquer vento, abandonam  o barco  na tempestade....
 
Você como pedagogo, concorda que os pais são os modelos  de educação, pois as mesmas  respiram as atitudes  do casal, são frutos  do ambiente familiar; hoje já é corriqueiro  saber que a formação humana
depende  dos valores familiares, incluindo os  valores  religiosos, salientando os cristãos.....
 
Por outro lado,  a igreja caminha  com convicções  de nossos representantes  hierárquicos  os quais
respeitamos  e por saber que tudo fazem para caminhar  com  os homens de boa fé  e que procuram
crescer na espiritualidade;  assim também foi comigo e hoje sou categórica em dizer que amo a minha igreja pois  conheço a sua doutrina, que contempla  toso os níveis  humanos,  respeita todas as crenças( dialogo inter religioso) e é procura  atualmente o ecumenismo......
 
Concordo com nossa amiga Ângela   que todos nós possamos ter as mesmas atitudes em sentar  e respeitosamente  e fazer das nossas reuniões, momentos de decisões  a serem executadas e não para ficar nas pautas  apenas para registrar  o acontecimentos das mesmas para a paroquia....
 
também tive meus momentos de contradição em reuniões mensais quer nível que fosse,  paroquial,  sub regional ou diocesana. mas sempre com coerência  sempre dentro do assunto, em favor ao crescimento  ao bom andamento  que levasse  ao verdadeiro  objetivo da comunidade : lugar onde encontramos  o aconchego
cristão,  onde  encontramos o ensinamento  de Jesus cristo  para fazermos de nós dos irmãos, do mundo,
tudo melhor.
 
Que este desabafo possa incentivar a muitos a mudar de atitudes  comodas  e levar a atitudes de respeito
á caminhada já percorrida e  levar a uma caminhada nova,  que é o que a igreja tanto sonha com a NOVA EVANGELIZAÇÃO..
 
A catequese  hoje com seus  inúmeros blogs  são exemplo de renovação da igreja,  eu que o diga ( imaginam a 25  anos atras)  é uma riqueza  dentro de muitas outras  conquistadas  pelo povo de Deus que caminha rumo ao reino definitivo  proposto  pela palavra de  Deus, é o grande sonho do Criador  que nos criou por Amor, verdade que só aprendemos quando nos propomos a caminhar  e ter o verdadeiro encontro  com Cristo - lembrando que  entre  os muitos lugares deste encontro com Cristo é a catequese, sacramento  que nos ensina e nos propõe uma vida nova, Vida  em Jesus Cristo.
 
Que nossa Mãe  Maria interceda por todos nós,  ajudando -nos a discernir o melhor caminho para esta renovação tao desejada.
 Ave maria, cheia de graça.....
 
Deus o abençoe hoje e sempre neste seu trabalho catequético,
 
abraços  catequéticos."


Fonte: Blog Catequese com Crianças

Planos para catequese em 2013

Itinerário Catequético


“A Catequese é em processo dinâmico e abrangente de educação da fé, umitinerário, e não apenas uma instrução.” (CR 282).

O que seria afinal esse “Itinerário”?

Numa definição genérica, itinerário é a descrição de um trajeto a ser percorrido. Por exemplo: uma empresa de ônibus urbanos ao definir o itinerário de determinada linha, indica todos os pontos de parada do ônibus desde o início até o fim da linha. A esta indicação dá-se o nome de itinerário. Já um itinerário de turismo é um pouco mais elaborado: é um artigo que descreve uma rota por vários destinos ou atrações, dando sugestões de onde parar, o quê ver, como preparar-se, etc. Se a gente considerar os destinos como pontos em um mapa, o itinerário descreve uma linha que conecta os pontos.
Agora vamos considerar esta palavra na CATEQUESE.

“Um Itinerário Catequético é um circulo mais ou menos prolongado de encontros que integra uma ou várias temáticas (etapas, módulos, blocos) do mistério dentro do processo. Neste itinerário se inclui os conteúdos, as celebrações litúrgicas, a catequese mistagógica, a integração entre a comunidade e o compromisso apostólico.” Eu acrescentaria aqui ainda a dimensão família.

Isso significa que um itinerário é um PLANEJAMENTO, um mapa, um guia do caminho a ser percorrido. No caso da catequese, ele prevê objetivos a serem atingidos, conteúdos que serão explanados, ações transformadoras que se pretende e as dimensões celebrativas que darão suporte à catequese mistagógica.  

Assim temos que, uma simples instrução, é chegar e expor o conteúdo, sem ligação ou compromisso com as ações transformadoras e com a dimensão litúrgica da catequese, não se envolve a comunidade ou a família. Em contraponto, o Itinerário prevê as conseqüências do que se ensina, na vida e na missão do catequizando, como isso será percebido e colocado em prática.

Falando mais na prática, um itinerário catequético PRECISA observar os seguintes pontos: primeiro observar a quem ele se destina (crianças, adolescentes, jovens, adultos, deficientes...); em seguida ver os objetivos da catequese (Sacramentos, formação cristã... ); verificar por fim, o tempo que demanda esta ação e a preparação dos “guias” (catequistas, introdutores) que irão trabalhar na condução do processo. Só aí então, construir o “roteiro/itinerário”, observando o seguinte:

- Conteúdos (temas e formação bíblica);
- Celebrações litúrgicas e mistagógicas (missas, entrega de símbolos, retiros, orações, Via sacra...);
- Vivencia comunitária (família, comunidade, festas, sociedade);
- Dimensão missionária (compromisso apostólico).

Enfim, o Iitnerário descreve o que se fará, EFETIVAMENTE, para se trabalhar o processo catequético, o "como" chegar a cada um dos objetivos (pontos), que se pretende, ou seja, o ensino da fé e a vivência cristã  eclesial.
Esse texto será nosso ponto de partida para modificarmos nossa catequese para 2013. Estamos planejando com muita cautela, queremos evangelizar nossas crianças e com isso atingir as famílias que serão nosso alvo daqui para frente.
No seu roteiro este aqui:
- Conteúdos (temas e formação bíblica);
- Celebrações litúrgicas e mistagógicas (missas, entrega de símbolos, retiros, orações, Via sacra...);
- Vivencia comunitária (família, comunidade, festas, sociedade);
- Dimensão missionária (compromisso apostólico).
1 - Vamos planejar os temas dos encontros a serem trabalhados com as crianças e jovens, e montar um planejamento de temas para reunião de pais, o nosso auxílio para as ideias desses temas será muita pesquisa e o auxílio do divino espírito santo.
2 - Nas celebrações, estamos pensando em levar nossos catequizandos a participar dos momentos da missa: entrada da bíblia, dança do louvor, coralzinho, evangelho encenado. Essa ideia surgiu por que pensamos assim, se as crianças tem alguma participação nas missas, por consequência os pais os acompanharão, então a aproximação da família na missa poderá aumentar (vamos rezar para que aconteça isso).
3 - Estamos também planejando algo para levar a catequese mais próxima da sociedade, como por exemplo ajudar o asilo que no qual está passando por dificuldades, rezar na casa de pessoas enfermas, enfim, algo que estamos acostumados fazer mas agora iremos fazer com mais frequencia.
4 - E por consequência disso tudo iremos rezar e lutar para que nasça de fato o compromisso no coração das pessoas que estiverem em nossa volta.
E vocês catequistas? Quais seus planos para o próximo ano?
 

CATEQUESE, PRIORIDADE? Queremos ação, conversão pastoral...

"Olha eu aqui falando o que escutei por ai, mas temos que falar, pois desta forma pode chegar ao ouvido de todas as "profequistas" que existem neste imenso Brasil. Estava eu em um salão de beleza , quando uma Tia de uma criança comenta que a "profequista" falou que tinha que ir a missa se não perdia ponto e a criança ficou com raiva por que a "profequista" não foi a "dita" ( palavras da tia) missa. Então passar e ficar de recuperação e mais facil ainda , agora ir ou não ir a missa se ganha ponto?!! "... Continue lendo a história da profequista na parte "comentários" na postagem anterior - "Até Quando????"...

Nunca Tinha escutado dessa forma: PROFEQUISTA! (até que ficou legal neh)
Eu não sei quem deixou esse comentário, embora você diga que eu sei, se puder identificar-se, fico feliz, porque sou um tanto quanto curiosa. (iccintra@hotmail.com). Prometo que sua identidade será preservada.
Gostei  da maneira como você inicia seu comentário..."mas temos que falar, pois desta forma pode chegar ao ouvido de todas as "profequistas" "

Quando coloco algo do tipo, não coloco para criar polêmicas, muito menos para falar mal de ninguém, pois tenho o maior respeito pelo trabalho de tantos catequetas que se dispõe de tempo para pensar a catequese. A questão levantada foi: "Será que todo esse trabalho, tantos estudos estão tendo retorno? Será que estão chegando nos ouvidos daquele catequista de base, daquele catequista que não tem acesso à internet, formações diferentes, daquele catequista que não pode tirar ao pão de sua mesa, para adquirir livros, documentos? Esse é o meu grito e  reconheço que sou um pouco tempestiva, que em muitos casos deveria deixar a raiva secar para depois agir. Mas, em se tratando de catequese, que é minha paixão, não consigo me calar diante de coisas que vejo e acabo atropelando um pouco, parece que tenho a obrigação de lutar pelos direitos de tantos catequistas, direito à formação/apoio/orientação/acompanhamento... Sei que isso até me prejudica, queima minha imagem... Mas, quer saber, isso não me preocupa...
* Uma boa pedida, seria uma biblioteca catequética paroquial, assim o catequista teria um lugar pra ter acesso aos estudos e tudo mais... O dízimo que pagamos é também pra isso!!

Essa coisa de tomar as dores, me acompanha desde sempre, foi assim na minha infância nas minhas amizades, no meu trabalho... Tem um fato que me marcou, quando eu trabalhava numa grande empresa na minha cidade, trabalhava na área de comunicação e era encarregada do meu setor. Certo dia, um dos diretores me chamou em sua sala e foi direto: "Imaculada, quero que você demita "aquela" telefonista", porque onde já se viu uma telefonista com esse nome ( e disse o nome dela)"... Aquilo, meu sangue subiu, eu não acreditava que estava escutando algo do tipo... Fiquei por uns minutos em silêncio diante daquele "mostro" de nome bonito. Engoli seco, e disse: "Vou te fazer uma única pergunta, dependendo dela, eu dispenso essa telefonista, o senhor por acaso tem um nome até que bonito (PAULO), mas o senhor pôde escolher seu nome? Se não fosse esse nome e fosse um outro daqueles horrendos, o que faria? Aceitaria ser eliminado da equipe de direção dessa empresa por causa de um nome? Me responda... E mais uma coisinha, se ela for demitida por causa do nome dela, mesmo ela sendo uma das melhores funcionárias, eu me demito junto... Certo? Ele conversou, desconversou e não disse nada... Eu, imediatamente fui ao departamento pessoal e coloquei meu cargo à disposição, caso essa funcionária fosse demitida... Essa funcionária nunca soube disso e não foi demitida, nem eu...srrsr

Saindo desse parêntese, quando escrevo algo assim, escrevo para despertar, para que como minha amiga disse, para que isso chegue à quem precisa. E meu grito tem fundamento, sei e reconheço que tem muitos sacerdotes que tem a catequese como prioridade, mas no geral, pelo que escuto, leio e até mesmo em lugares que tenho ido, dá dó de ver a falta de apoio, lugares onde o padre não passa num encontro de catequistas nem pra dizer um oi, quanto menos pra escutar o que vai ser abordado ali, como tenho ido também em lugares, chamada  pelo próprio pároco , porque ele quer mudar  a catequese em sua paróquia, de novo, insisto, não generalizemos.  Um pároco tem por obrigação encontrar um tempinho para ter com seus catequistas, para no mínimo conhecer o itinerário catequético, qual material é usado, como fazem. Falta de tempo? Isso é inaceitável, assim como é inaceitável um catequista dizer seu SIM e não assumi-lo de fato, só ficando no "venha a nós".

Mas, enfim, nada como um dia tenebroso com uma noite no meio, onde a gente tem a oportunidade de acordar com as forças recobradas, com disposição para continuar lutando por uma catequese melhor. Lembrando que, os catequistas que tem acesso à internet, livros, formações, tem por obrigação de ser agentes multiplicadores, fazendo com que isso chegue aos desinformados.

Beijo grande à todos que passam por aqui. Sua presença, seu comentário é o que me faz ainda ser uma catequista blogueira e ficarei imensamente feliz se em algum lugar desse Brasil um dos meus gritos forem ouvidos...

CATEQUESE, PRIORIDADE??? Me mostre isso nas ações!
a Fé sem obras é morta! Palavras que são só palavras, também!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Saudades sentiremos...

Se pela força da distância,você se ausenta. Pela força que há na saudade, você voltarás.
Padre Fábio de Melo

Nós da comunidade católica de Ibicaraí hoje sentimos a dor da perda de um grande amigo, irmão, de um sacerdote que entregou parte de sua vida a Deus. Hoje tivemos a trágica notícia da morte do nosso Padre Otaniel Onofre da Paróquia de Santo Antônio da cidade de Itajú do Colônia, que em meio a um trágico acidente nos deixou no começo dessa manhã.
Padre sentiremos sua falta, nós deixamos aqui os nossos sinceros agradecimentos em nome de toda a nossa comunidade por todo o seu trabalho realizado em favor do povo de Deus. Vá com Deus e continue junto ao Pai intercedendo por cada um de nós.

* 05/03/1976
+ 23/11/2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Presépio: Com explicação e para colorir











Gostaram da explicação dos personagens do presépio?
Agora vamos rezar uma Ave Maria para o pai da Cláudia (do blog Catequese na Net) que está hospitalizado a 8 dias em estado grave, após ter sofrido um AVC...
"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto em Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na hora da nossa morte.
Amém."

Advento

O Tempo do Advento
1. História do Advento

Não é fácil precisar a história e o primitivo significado do Advento; além disso,as noticias sobre suas verdadeiras origens são parcas .É necessário distinguir elementos que dizem respeito a práticas ascéticas e a outras, de caráter estritamente litúrgico; um Advento que é preparação para o Natal e um Advento que celebra a vinda gloriosa de Cristo ( Advento escatológico). No Oriente, permaneceu quase ignorado um período de preparação ao Natal.
Portanto, o Advento é próprio do Ocidente. São descartadas totalmente as teorias que atribuem o Advento a São Pedro e sua existência aos tempos de Tertuliano e São Cipriano.O testemunho mais antigo encontra-se em uma passagem de Santo Hilário (por volta de 366)que diz:"Sancta Mater Ecclesia Salvatoris adventus annuo recursu per trium septimanarum sacretum spatium sivi indicavit"(CSEL,65,16)"A santa mãe igreja oferece um espaço sagrado de três semanas por ano para a vinda do Salvador" .
O duplo caráter do Advento, que celebra a espera do Salvador na glória e a sua vinda na carne,emerge das leituras bíblicas festivas .O primeiro domingo orienta para parusia final,o segundo e o terceiro chamam a atenção para a vinda cotidiana do Senhor; o quarto domingo prepara-nos para a natividade de Cristo ao mesmo tempo fazendo dela a teologia e a história. Portanto, a liturgia contempla ambas as vindas de Cristo, em íntima relação entre si. 
2. Espiritualidade do Advento
Toda a liturgia do Advento é apelo para se viver alguns comportamentos essenciais do cristão: a expectativa vigilante e alegre, a esperança, a conversão, a pobreza.
a) A expectativa vigilante e alegre caracteriza sempre o cristão e a Igreja, porque o Deus da revelação é o Deus da promessa, que manifestou em Cristo toda a sua fidelidade ao homem: "Todas as promessas de Deus encontram nele seu sim" ( 2 Cor 1,20). A esperança da Igreja é a mesma esperança de Israel, mas já realizada em Cristo. 

Os nossos primeiros irmãos na fé, como atesta a Didaqué, imploravam: "Que o Senhor venha e passe afigura deste mundo. Maranatha. Amém". Assim termina o livro do Apocalipse e toda a escritura:"Aquele que atesta essas coisas diz: Sim! venho muito em breve. Amém! Vem Senhor Jesus. A graça do Senhor Jesus esteja com todos. Amém"(Ap 22,20).
A expectativa vigilante é acompanhada sempre pelo convite à alegria. O Advento é tempo de expectativa alegre porque aquilo que se espera certamente acontecerá. Deus é fiel. A vinda do Salvador cria um clima de alegria que a liturgia do Advento não só relembra, mas quer que seja vivida.O Batista, diante de Cristo presente em Maria, salta de alegria no seio da mãe.O nascimento de Jesus é uma festa alegre para os anjos e para os homens que ele vem salvar (cf. Lc 1, 44.46-47; 2,10.13-14).
b) No Advento, toda a Igreja vive a sua grande esperança. O Deus da revelação tem um nome:"Deus da esperança"(Rm15,13).
Não é o único nome do Deus vivo, mas é um nome que o identifica como "Deus para conosco".O Advento é o tempo da grande educação à esperança: uma esperança forte e paciente; uma esperança que aceita a hora da provação, da perseguição e da lentidão no desenvolvimento do Reino; uma esperança que confia no Senhor e liberta das impaciências subjetivistas e do frenesi do futuro programado pelo homem.
Na convocação ao testemunho da esperança, a Igreja, no Advento, é confortada pela figura de Maria, a mãe de Jesus.Ela que "no céu, glorificada em corpo e alma, é a imagem e a primícia da Igreja...brilha também na terra como sinal de segura esperança e de consolação para o povo de Deusa caminho, até que chegue dia do Senhor" (cf. 2 Pd 3,10).
c) Advento ,tempo de Conversão. Não existe possibilidade de esperança e de alegria sem retornar ao Senhor de todo coração, na expectativa da sua volta.A vigilância requer luta contra o torpor e a negligência; requer prontidão e, portanto, desapego dos prazeres e bens terrenos. O cristão, convertido a Deus, é filho da luz e, por isso, permanecerá acordado e resistirá às trevas, símbolo do mal, pois do contrário corre o risco de ser surpreendido pela parusia. 
Esse comportamento de vigilante espera na alegria e na esperança exige sobriedade, isto é, renúncia aos excessos e a tudo aquilo que possa desviar-nos da espera do Senhor.A pregação do Batista, que ressoa no texto do evangelho do segundo domingo do Advento, é apelo para a conversão, a fim de preparar os caminhos do Senhor.
O espírito de conversão , próprio do Advento, possui tonalidades diferentes daquelas relembradas na Quaresma. A substância é essencialmente a mesma, mas, enquanto a Quaresma é marcada pela austeridade da reparação do pecado, o Advento é marcado pela alegria da vinda do Senhor.


d) Enfim, um comportamento que caracteriza a espiritualidade do Advento é o do pobre. Não tanto o pobre em sentido econômico, mas o pobre entendido em sentido bíblico: aquele que confia em Deus e apóia-se totalmente nele. Estes anawîm , como os chama a Bíblia, São os mansos e humildes , porque as suas disposições fundamentais são a humildade, o temor de Deus, a fé. 


Eles são objeto do amor benévolo de Deus e constituem as primícias do "povo humilde"( cf. Sf 3,12) e da "Igreja dos pobres" que o Messias reunirá. Jesus proclamará felizes os pobres e neles reconhecerá os herdeiros privilegiados do Reino, ele mesmo será pobre. Belém, Nazaré, mas sobretudo a cruz, são diversas formas com que Cristo manifestava-se como autêntico "pobre do Senhor". Maria emerge como modelo dos pobres do Senhor, que esperam as promessas de Deus, confiam nele e estão disponíveis, com plena docilidade, à atuação do plano de Deus. 
Autor: Padre Gian Luigi Morgano

A Animação Bíblica da Liturgia

A Constituição Dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II (1962-1965), afirma que “a Igreja sempre venerou as divinas Escrituras, da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, já que, principalmente na Sagrada Liturgia, sem cessar toma da mesa tanto da palavra de Deus quanto do Corpo de Cristo o pão da vida, e o distribui aos fieis” (DV 21).
Historicamente, porém, constatamos que a reverência em relação à Eucaristia é muito maior. Há um cuidado especial em relação à presença de Jesus no Santíssimo Sacramento que não se verifica quanto à presença de Jesus, a “Palavra que se fez carne”, na Sagrada Escritura. A Bíblia, em geral, não tem um lugar de honra e destaque em nossas igrejas. E, muitas vezes, não se trata a Palavra sagrada com veneração, substituindo o Lecionário por folhetos e livros descartáveis.
Penso que podemos começar a animação bíblica da vida e da pastoral de nossas comunidades cristãs pela liturgia. O Concílio Vaticano II enfatizou a importância da Sagrada Escritura, incluindo em cada celebração sacramental a leitura e explicação da Palavra do Senhor. Precisamos valorizar todas as celebrações litúrgicas e a proclamação da Palavra de Deus que está prevista em cada uma delas: “Cristo está presente pela sua palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se leem as Sagradas Escrituras na igreja” (Constituição Sacrosanctum Concilium, n. 7).
Como seria bom que o Ministério da Palavra fosse apreciado e contasse com pessoas devidamente preparadas. Aqui cabe mais uma vez uma comparação com a Eucaristia. Que bom termos ministros extraordinários da comunhão eucarística bem preparados, que aprendem a exercer sua missão com amor e competência. Não seria adequado fazermos o mesmo quanto à proclamação da Palavra na liturgia?
O primeiro passo é preparar a assembléia litúrgica para escutar a Palavra de Salvação que nos é dirigida em cada celebração sacramental. Uma atitude de reverência à voz do Senhor que nos fala se manifesta no silêncio atento: “E Samuel não deixava sem efeito nenhuma das palavras do Senhor” (ver 1Sm 3,19).
Faz-se necessário preparar leitores aptos a anunciar a Palavra de Deus nas celebrações. Como é triste ver pessoas sem a devida preparação ler o texto bíblico sem expressão, sem vida. Onde fica o anúncio da Palavra do Senhor, quando não compreendemos palavra alguma? Ler não é decifrar e juntar letras, palavras e frases! Ler é compreender! Só pode ler bem em público quem entende o que lê. O papa Bento XVI, na exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, quando trata da proclamação da Palavra e do ministério do leitorado, afirma: “A formação bíblica deve levar os leitores a saberem enquadrar as leituras no seu contexto e a identificarem o centro do anúncio revelado à luz da fé. A formação litúrgica deve comunicar aos leitores uma certa facilidade em perceber o sentido e a estrutura da liturgia da Palavra e os motivos da relação entre a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística. A preparação técnica deve tornar os leitores cada vez mais idôneos na arte de lerem em público tanto com a simples voz natural, como com a ajuda dos instrumentos
modernos de amplificação sonora” (VD 58). Biblistas, liturgistas e técnicos em comunicação social podem contribuir na preparação de todos os ministros da Palavra para atuar nas diversas celebrações: batismo, eucaristia, matrimônio... Sem esquecer as celebrações da Palavra.
O cuidado com a homilia também foi assunto do Sínodo sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja, realizado em outubro de 2008. O papa retomou este assunto na Verbum Domini, n. 59: “pensando na importância da palavra de Deus, surge a necessidade de melhorar a qualidade da homilia; de fato, esta constitui parte integrante da ação litúrgica, cuja função é favorecer uma compreensão e eficácia mais ampla da Palavra de Deus na vida dos fieis. A homilia constitui uma atualização da mensagem da Sagrada Escritura”.
Que o Senhor nos inspire e guie nossos passos, a fim de que tenhamos coragem de realizar a conversão pastoral de que necessitamos para colher os frutos no devido tempo: “... a Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força” (Sacrosanctum Concilium, n. 10).

Pe. Videlson Teles de Meneses
Coordenador da Animação Bíblica da Pastoral da Arquidiocese de Aracaju-SE

Concílio Vaticano II – Um grande jubileu

- Três anos celebrativos. De 2012 a 2015 comemoramos o Jubileu de 50 anos do Concílio Vaticano II (1962-1965), o maior acontecimento eclesial do século XX. Convocado pelo Papa João XXIII, em 25 de dezembro de 1961, e aberto, no dia 11 de outubro de 1962, o Concílio teve o objetivo de preparar a Igreja para anunciar o Evangelho em uma sociedade que caracterizada por “um grande progresso material que não é acompanhado por um desenvolvimento no campo moral”. Não foi um Concílio dogmático, mas pastoral, buscando aproximar a Igreja do mundo contemporâneo e retomando questões básicas de fé, ética, moral e da vida prática da Igreja hoje.

- Documentos renovadores e espírito conciliar. O Concílio Vaticano II produziu 16 documentos. Quatro constituem o eixo do Concílio: a Lumen Gentium (que é a Igreja, em sua origem, essência e constituição), a Dei Verbum (a Palavra de Deus: como Deus se revelou, como a Igreja conserva, interpreta e transmite essa revelação ao longo da história), a Sacrosanctum Concilium (o culto, a liturgia, como a Igreja celebra o mistério de Cristo) e a Gaudium et Spes (a pessoa humana, a cultura, a organização da sociedade, o desenvolvimento do mundo e como a Igreja se coloca no mundo). Ao redor deste eixo, giram os outros 12 documentos. O Papa Paulo VI, no dia 8 de dezembro de 1965, ao encerrar o Concilio dizia: “É preciso que toda a vida da Igreja seja impregnada e renovada pelo vigor e pelo espírito do Concílio, é preciso que as sementes de vida lançadas pelo Concílio no campo que é a Igreja cheguem à plena maturidade”.

Vinte Anos do Catecismo da Igreja Católica, de 11 de outubro de 1992. É um compêndio autorizado, seguro e autêntico dos principais dados da fé cristã, tendo como base a renovação solicitada pelo Concílio Vaticano II. O CATIC nasceu a partir do Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985. O Papa João Paulo II confiou ao então cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Bento XVI, a presidência de uma comissão de cardeais e bispos responsável por preparar o Catecismo. Após seis anos de trabalho, João Paulo solenemente publicou o Catecismo (mais de 700 páginas) que, depois, foi abreviado no “Compêndio do Catecismo da Igreja Católica” do Cardeal Ratzinger. E , mais tarde, o CATIC teve sua versão para jovens, o YUCAT.  

O Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI por meio do Motu Próprio “Porta Fidei”, vai de 11 de outubro de 2012 até 24 de novembro de 2013 (Festa de Cristo Rei). É um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”, escreve o Papa. Este Ano da Fé é um dos principais meios para a celebração dos 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II e dos 20 anos de publicação do Catecismo da Igreja Católica. E esta celebração é ainda enriquecida pelo Sínodo dos Bispos de outubro de 2012, com o tema “A Nova Evangelização para a transmissão da fé”. Além da Mensagem Final do Sínodo, em 2012, teremos em breve a Exortação Apostólica orientando a Igreja para praticar a Nova Evangelização. 

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O cultivo da Espiritualidade do Catequista

O cuidado com a Espiritualidade do Catequista se faz prioridade no Ano da Fé. É a Espiritualidade que mantém acesa a chama do Amor-Encontro com Deus e da Missão do Catequista. Sem espiritualidade o cansaço, o desânimo, o ativismo, tomam conta.
O que é Espiritualidade?
Será importante explicitar aqui, brevemente, o que é a Espiritualidade. A Espiritualidade é o oxigênio do coração. É viver segundo o Espírito. É uma maneira determinada de viver a globalidade da vida, com seus afazeres, dificuldades, objetivos e desafios, orientando-a pela luz da nossa fé cristã. Espiritualidade é nossa dimensão divina em tudo o que é humano.
Numa bela definição, Pe. Adroaldo Palaoro sj, nos diz: “É a espiritualidade que reacende desejos e sonhos, que desperta energias em direção ao algo “mais”; é a espiritualidade que faz descobrir, escondida no cotidiano, a presença amorosa do Deus Pai-Mãe que nos envolve; é a espiritualidade que projeta a vida a cada instante, abre espaço à ação do Espírito, nos faz ser criativos e ousados em tudo o que fazemos e dá sentido e inspiração a cada ação humana, por mais simples que seja; é a espiritualidade que nos desperta e nos faz descobrir que nossa vida cotidiana guarda segredos, novidades, surpresas... que podem dar novo sentido e brilho à vida.

É um modo de “ler” e interpretar a mensagem que cada experiência de vida pode nos comunicar. Essa dimensão espiritual se revela pela capacidade de diálogo consigo mesmo e com o próprio coração, se traduz pelo amor, pela sensibilidade, pela compaixão, pela escuta do outro, pela responsabilidade e pelo cuidado como atitude fundamental”.
Espiritualidade consiste primariamente não na recitação piedosa e humilde de determinados exercícios devocionais religiosos..., mas num modo de se posicionar na vida e ver todas as coisas. Olhar o mundo com os olhos do coração, ver o sagrado mistério da realidade... Então, espiritualidade não é momentos de oração, é a definição mais capenga. Nem se reduz a sacramento, retiro, silêncio...

Espíritualidade é o cultivo das coisas do Espírito. A palavra espiritualidade vem de espírito. Na Bíblia, “Espírito” quer dizer vida, movimento, força, presença, sopro, ardor. Espírito é a força que leva a agir. Espiritualidade é uma força que nos anima, inspira. Ela vem de dentro de nós e nos impulsiona para a ação. Na vida do Cristão, esta força é o Espírito Santo. Ele acende em nós o fogo do amor: amor a Deus, amor aos irmãos, amor a Catequese. E o amor nos faz atuar, agir.
           
Quem experimenta o encontro com Deus-Amor deseja estar com Ele. A oração é a conversa mais particular e íntima com Deus, que realimenta e fornece combustível para a dinâmica do encontro permanente com Ele e da leitura da sua presença na vida. Pondo diante de Deus o que somos e vivemos, ele nos ajuda a ver mais claramente, a identificar seu apelo nos chamados sinais dos tempos, que estão aí na nossa história pessoal e na sociedade. A oração mais do que palavras é estar com Deus. Como diz Santa Tereza é “querer estar a sós com aquele que sabemos que nos ama”.
Sem espiritualidade a catequese perde o rumo
Sem o cultivo da Espiritualidade é muito difícil a catequese caminhar bem. As coisas se transformam em rotina, o desânimo vai minando o trabalho, os conflitos tumultuam o grupo. Sem Espiritualidade as pessoas vão ficando endurecidas, descrentes, desgastadas. A Espiritualidade mantém viva o “porquê” e o “para que” somos catequistas. A causa (a paixão por Jesus e pelo Reino de Deus) nos mantém no caminho do seguimento e da paixão pela educação da fé da comunidade cristã.

Quem cultiva a espiritualidade, sente-se habitado por uma Presença, que irradia ternura e amor, mesmo em meio a maior dor. Tem entusiasmo porque sabe que carrega Deus dentro de si. Mesmo com desafios, dores, sofrimentos, um catequista assim sabe-se a caminho e um eterno aprendiz do Amor.
Algumas ações possíveis para o cultivo da Espiritualidade:

- Pode ser preciso realizar algum tipo de formação sobre Espiritualidade (o que é e o que não é; o que é experiência de Deus; a oração cristã...). Mas, é importante ter presente que um curso sobre Espiritualidade não irá resolver o cultivo da Espiritualidade do grupo de catequistas.
- Iniciar todas as reuniões com o grupo de catequistas (da paróquia, da comunidade) com um belo tempo de oração-celebração. Para isso, é importante preparar com antecedência o ambiente e a celebração. O “Catequese Hoje” tem postado belas sugestões em “Tempo da Delicadeza”.
- Organizar Manhãs ou Tardes de Espiritualidade, de maneira bem catequética, cuidando da centralidade da Palavra de Deus. Cuidar para ter espaço de silêncio e oração pessoal. É possível convidar alguém para ajudar na reflexão, mas cuidado para não transformar tudo em palestra e lição de moral. Seria bom se fosse planejado uma vez por semestre, pelo menos.
- Organizar retiros (um dia, um final de semana) com o grupo de catequista. O catequista precisa sair da rotina diária, ter espaço para saborear o encontro com Deus e consigo mesmo. Retiro não é curso ou palestra. Podemos pedir ajuda de algum pregador. Pode ser agendado uma vez ao ano. Quem experimenta o gosto bom de um retiro não irá fugir dele.
- Cuidar especialmente da Acolhida dos catequistas, catequizandos, famílias. Isto é parte integrante do cultivo de uma Espiritualidade da Comunhão.
- Desenvolver o cuidado com cada catequista e também catequizando, percebendo cada um como uma delicada obra de arte de Deus. Escutar as pessoas, ser sensível ao que estão passando.
- É necessário aprender a “gastar tempo” diante do Senhor e de sua Palavra. Podemos cultivar a espiritualidade através de pequenas coisas:

a) A oração ao amanhecer e ao dormir;
b) A leitura cotidiana de trechos da Bíblia,
c) Leitura Orante da Bíblia;
d) Ofício divino das comunidades;
e) A contemplação e a adoração silenciosa ao Santíssimo;
f) Os momentos de silêncio interior para escutar os apelos de Deus;
g) A escuta de músicas, orações ou reflexões de um CD de meditação;
h) A participação na Celebração Eucarística;
i)  E outros;

Temos que ter o cuidado para não cair na rotina de usar somente as orações “decoradas” ou simplesmente lidas. É importante rezar a vida e rezar com a vida, trazendo para o nosso interior, portanto, a realidade em que vivemos. Perceber a presença e atuação de Deus na vida, no mundo.
- A oração em comum alimenta em todos a comunhão na vivência em comunidade. A Celebração Eucarística é a que mais expressa e realiza a comunhão com Deus e com os irmãos. Mas a Espiritualidade da Comunidade não se reduz a participação na missa. Toda a vida do cristão deve ser um culto agradável a Deus.

Lucimara Trevizan
Comissão Regional Bíblico-Catequética do Leste 2