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sábado, 30 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!


Imagino que à sua volta existam crianças, que sonham ganhar ovos de chocolates nos próximos dias. Até os adultos também apreciam, não é mesmo?
Os mais inocentes ainda sonham com um coelhinho. Figurinha mágica que nos alegra, com presentes.
Ainda tem o comércio, que deseja “faturar” alguns por cento a mais que o ano passado.
Agora pare tudo!
Stop… Parou!
O que significa mesmo a Páscoa?
Primeiro um significado histórico:
O termo “páscoa” deriva da palavra hebraica “pesah”, que significa passar por cima, pular além da marca ou passar sobre. Quando Deus ordenou ao anjo destruidor que eliminasse todo primogênito na terra do Egito, a casa que tivesse o sinal do sangue do cordeiro, sacrificado para esse fim, não seria visitada pelo anjo. Este passaria “por cima”, e o primogênito que ali morasse seria preservado.
Os judeus passaram então a celebrar a Páscoa comemorando a saída – e a forma como saíram – do Egito. A partir de Jesus, a celebração da Páscoa foi substituída pela Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Cristo é a nossa Páscoa, e o Seu sangue, o sangue do Cordeiro de Deus, nos lava e purifica de todo pecado.
Mas, além da explicação histórica. Que outros significados teria a páscoa?
Festa? Celebração? Comemoração? Presentes?
Não importa qual a definição que você tenha ou aceite para Páscoa.
Precisamos apenas tomar cuidado para não nos envolvermos somente com o lado comercial da páscoa. Tirando para nós mesmos um momento de meditação sobre o significado dela para cada um de nós.
Celebrar uma páscoa, como um momento de Renascimento, Renovação, de Perdão.
Perdão?
Isso mesmo. É um momento de perdoarmos a quem tenha nos ofendido. Mas também de nos perdoarmos por muitas coisas que fizemos, por coisas que deixamos de fazer.
Até mesmo nos perdoarmos por pensamentos errados que tivemos.
Desejo sinceramente que após esses dias, possamos retomar as atividades diárias, em busca dos objetivos traçados.
Mas, principalmente, através do verdadeiro sentido da páscoa, que é passar por cima, das pequenas coisas que atrapalham a jornada, que impedem o avanço e que atrapalham as relações.
Que após esse período de reflexão, também possamos nos purificar e renascer, para voltarmos renovados para dias cada vez melhores!

http://mensagensdiarias.com.br/feliz-pascoa/

HISTÓRIA DO SÁBADO SANTO


Na Igreja antiga, também durante este dia não havia nenhuma função litúrgica. Era só a noite que se iniciavam as solenes comemorações da ressurreição. Essa vigília solene já era mencionada em livros do século segundo.
De acordo com o testemunho de S. Jerônimo (347-419 m.m) essa vigília de orações já existia no tempo dos apóstolos. As cerimônias começavam ao por do sol e duravam praticamente até a meia noite. A manhã do sábado era ocupada com a preparação dos que à noite receberiam o batismo solene: eram feitos os ritos preparatórios com os exorcismos e a profissão de fé. Com o passar do tempo, as cerimônias começaram cada vez mais cedo, até serem feitas na manhã de sábado. Com isso a vigília pascal perdeu muito de seu significado e de sua majestade.
Em 1951, o papa Pio XII reintroduziu a vigília noturna. Inicialmente o horário noturno era apenas facultativo. A partir de 1956, tornou-se obrigatória a celebração noturna. Os mais antigos ainda devem lembrar como ao meio dia de sábado já repicavam os sinos anunciando a ressurreição.
Riquezas na Liturgia
Na vigília do sábado santo podemos distinguir quatro partes: 1ª. Benção do Fogo; 2ª. A benção do Círio Pascal; 3ª. A benção da água batismal; 4ª. A missa de Páscoa. É bastante antigo o costume de benzer o fogo novo na vigília pascal. Hoje em dia, é bastante para nós apertar um botão e ver brilhar a luz, ou riscar um fósforo e acender o fogo.
Antigamente, as casas conservavam continuamente aceso um fogo ou uma lâmpada. Na noite de quinta-feira apagavam-se as velas nas igrejas e também nas casas. Para iniciar, pois, a vigília pascal era preciso acender novamente o fogo, o que se fazia usando pedra – a pederneira. Com esse fogo novo eram acesas as velas da igreja e os fiéis levavam depois velas e tochas para acenderem também as luzes em suas casas. Isso dava à cerimônia um grande significado. O fogo novo lembrava facilmente a fé, a luz e a vida que o Cristo nos trouxe e que deve influenciar toda a nossa vida. Cada lâmpada acesa durante o ano nas casas lembrava continuamente esse significado: era uma concretização simbólica da presença de Cristo que deve iluminar cada lar cristão.
Com o fogo novo era acesa uma grande vela, o círio, que era levado para dentro da igreja e era benzido solenemente, lá pelo ano 300. O círio pascal é uma figura de Cristo, assim podemos compreender a solenidade das palavras da benção litúrgica, que data possivelmente do século quinto. Na Idade Média, o círio atingia às vezes enormes proporções. Sabemos de um círio usado na Inglaterra, em 1517, que tinha uns 11 metros de altura.
A terceira parte da vigília era a benção da fonte batismal. Eram feitas nada menos de doze leituras da Escritura (a partir de 1956 ficaram reduzidas a quatro apenas). Essas leituras deviam servir de instrução para os que deviam ser batizados nessa noite. Até o Século XV, em Roma, as leituras eram feitas também em grego. Terminadas essas longas leituras, o bispo com os sacerdotes e os que deviam ser batizados, dirigiam-se para o batistério da Igreja. Ali se fazia a benção da água batismal e as longas cerimônias do batismo. Isso demorava bastante. Por isso o povo que continuava na Igreja ficava cantando a ladainha de todos os santos. Chegavam a cantar três vezes a ladainha toda; na primeira vez cada invocação era repetida 07 vezes; na segunda 05 vezes; na terceira 03 vezes.
Podemos imaginar como era grande o número de batizados, que eram feitos, aliás, só nessa ocasião. Terminado o batizado, os novos cristãos voltavam para a Igreja, vestidos de branco, cada um trazendo uma vela acesa. Por esse tempo estavam também terminando a ladainha de todos os santos.
Começava então a última parte da vigília pascal, a celebração da santa missa. Essa solenidade foi sempre considerada na antiguidade a máxima solenidade da Igreja. Nessa missa, os recém-batizados participavam da comunhão pela primeira vez. Até o ano 600 mais ou menos, esses novos Cristãos recebiam, depois da comunhão uma bebida preparada com leite e mel. Terminada a missa, os fiéis voltavam para seus lares, cada família levando uma vela acesa: uma bela imagem do cristão que leva ao mundo a luz que é o Cristo.
Pe. Inácio Medeiros, CSsR Santuário Nacional


http://www.a12.com/semanasanta/pascoa-do-senhor/

quarta-feira, 27 de março de 2013

Os sinais da Páscoa

Páscoa significa passagem, ou agradecimento por um caminho de libertação percorrido. Já no Antigo Testamento isto estava muito presente na vida do Povo de Deus. A Páscoa era sinalizada por diversas passagens: da Caldeia para Canaã, daí para o Egito e, do Egito, para a Terra Prometida, atravessando o Mar Vermelho e o Deserto. Todas foram marcas de libertação.
Hoje, o grande sinal da Páscoa é a ressurreição de Jesus Cristo, o milagre da vida, realizando a grande aliança de Deus com seu povo, sinalizando a passagem do Antigo para o Novo Testamento. Após a morte de Cristo e seu sepultamento, os discípulos encontraram o sepulcro vazio, sinal “ainda duvidoso” de ressurreição, que foi confirmado mais tarde com as aparições, tornando fonte de fé para os cristãos.
Para entender os sinais do mistério da ressurreição é preciso acompanhar os primeiros tempos da Igreja. É fundamental compreender a Sagrada Escritura para entender o fato da morte gerar vida. Não é necessário ver para crer, mas o amor conduz o discípulo a ter fé no Cristo ressuscitado.
As cenas da Semana Santa continuam acontecendo ainda hoje. Elas reavivam em nós o caminho da Paixão de Cristo e nos lembram dos sofrimentos de tantas pessoas nas diversas faixas etárias e situações do momento. Além da pobreza vivida por muitos, temos as doenças, a violência no trânsito, nas afrontas à vida etc.
Os sinais da ressurreição estão presentes na sociedade hodierna. Eles podem ser vistos naqueles que conseguem vencer na vida, saindo de uma situação de sofrimento para uma vida mais saudável. Isto acontece tanto na condição física como também na via espiritual, no caminho de encontro com Jesus Cristo e na convivência  comunitária.
Quem faz a experiência da ressurreição, na prática da vida cristã, deve ter uma nova conduta de vida e passar a olhar e cuidar também das coisas do alto, sobrenaturais e dimensões divinas. Digo isto porque nossa vida é regida pela vitória de Cristo na cruz. Desejo uma Feliz Páscoa para todos os leitores.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

Celebrações Quaresmais com as crianças

Olá Povo de Deus,

Venho hoje lembrá-los que estamos em nossos últimos dias de preparação para a Páscoa!


Relembro também que devemos fazer uma boa confissão, e para isso um bom exame de consciência se faz necessário, deixo aqui o link de quando postei o livrinho para exame de Conciencia.
http://www.catequesenanet.com.br/2011/06/livrinho-exame-de-consciencia.html


Agora vejam que belas celebrações a catequista Sheila postou... ainda dá tempo de prepará-las!

http://semeandocatequese.blogspot.com.br/2010/03/celebracoes-quaresmais-com-as-criancas_12.html#.UVL3xRyR_ug

terça-feira, 26 de março de 2013

As Promessas de Nossa Senhora das Dores


Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.
Eis as promessas:

1ª - Porei a paz em suas famílias.
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria. 


 
Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:
 
Eis as Graças:
1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.
O TERÇO DAS SETE DORES
DA VIRGEM MARIA.
Início:
D- Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
R- Amém!
D- Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos!
R- Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.
D- Nós contemplamos vossas Dores, ó mãe de Deus!
R- E vos seguimos no caminho da fé!
Oração Inicial:
Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de vossas Dores particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos Senhora, de Vosso Divino Filho, pelos mérito de Vossas Dores e lágrimas, a graça...(pedir a graça)
1ª Dor - Profecia de Simeão


Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias 



2ª Dor - Fuga para o Egito
O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias



3ª Dor - Maria procura Jesus em Jerusalém

Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias


4ª Dor - Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário
Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias




5ª Dor - Maria ao pé da Cruz de Jesus
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias



6ª Dor - Maria recebe Jesus descido da Cruz
Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias




7ª Dor - Maria deposita Jesus no Sepulcro
As imagens deste post retirei  http://www.angelfire.com/md3/fel/test.html

Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a).
1 Pai Nosso; 7 Ave Marias
 
 

As mãos na Paixão de Jesus

Há tantas formas de considerar os mistérios da Paixão e Morte de Jesus. Há palavras que continuam chegando até nós com grande intensidade; há gestos que impressionam por seu significado; há olhares que calam fundo; há silêncios perturbadores; há lugares que nos surpreendem; há personagens...

Consideremos, desta vez, as mãos, que tanto expressam este mistério. O coração é o lugar onde o ser humano se revela. As mãos são expressão daquilo que está presente no coração; um coração cheio de ternura, bondade, compaixão... se expressa através das mãos ternas, bondosas, compassivas, que praticam a partilha... Um coração cheio de violência, arrogância, ambições, malícias... se expressa através de mãos violentas, maliciosas, fechadas... As mãos... o espelho da alma.

O ser humano vale pelo que vale seu coração, isto é, por aquilo que deseja, busca e ama desde o mais profundo de si mesmo. É no coração – no mais íntimo de seu ser – que o ser humano acolhe ou rejeita Deus e os outros. É o coração transformado que dirige a mão santificada, delicada. É o coração agradecido que transforma as mãos em instrumentos de graça.

Podemos fazer e dizer muitas coisas com nossas mãos. Admiramos as mãos dos artistas, as mãos curativas dos médicos, as mãos terapêuticas de quem transmite energia libertadora, as mãos de uma mãe que amassam o pão e acariciam, as mãos eloquentes dos mudos, as mãos calejadas do trabalhador, as mãos daqueles que abençoam, servem, partem e repartem...
 
As mãos estão sempre associadas à ação, como a cabeça à razão e o coração aos sentimentos. As mãos, portanto, adquirem uma infinidade de formas: mãos que levantam para abençoar, mãos que baixam para levantar o caído, mãos que se estendem para amparar o cansado. São como as mãos de Deus que criam, que guiam, que salvam... Quando estendemos os braços e as mãos e tocamos o outro espontaneamente descobrimos a compaixão e a riqueza que existe em todos nós.

Na contemplação do mistério da “Paixão de Jesus” consideremos a diversidade de mãos que aí se fazem presentes: as “mãos limpas” dos líderes religiosos que não as usam para o serviço aos outros; são “mãos assépticas” porque não se “contaminam” no contato com as pessoas; são mãos que carregam julgamentos, traficam destruição, encarnam a falsidade e espalham o medo... mãos dos soldados que prendem e golpeiam; mãos de Pilatos que se lavam para negar a infâmia; mãos de Judas que entregam; mãos que não podem resistir; mãos que empunham o chicote; mãos que trançam coroas de espinhos; mãos que batem, mãos rudes que espalham o terror; mãos de Simão que ajudam a carregar a cruz; mãos de Verônica que enxugam o rosto de Jesus; mãos cravadas no madeiro... Onde está a diferença? Não está nas mãos, mas no coração!!!

É o coração petrificado que dirige a mão pesada e violenta. É o coração terno que dirige a mão santificada. E minhas mãos?... De quem são? Para quê são?

1. Mãos fecundas

“Enquanto ceavam, Jesus tomou o pão, pronunciou a benção, partiu-o e distribuiu-o aos discípulos” (Mt. 26,26)

São as mãos que tomam o pão para bendizê-lo, parti-lo e distribui-lo. Tomam o que é importante para fazê-lo chegar a quem dele necessita. As mãos que trabalham e que cuidam, que protegem e acariciam, que abraçam e curam. As mãos que escrevem e produzem, as mãos que se levantam para protestar contra o injusto. Mãos de artista, de artesão, de camponês, de médico, de operário, de mãe, de trabalhador, de amigo...
Quando? Em quê minhas mãos são fecundas?

2. Mãos covardes
                                 
“Vendo Pilatos que nada conseguia, mas, ao contrário, o alvoroço aumentava, pediu água e, lavando as mãos, na presença da multidão, disse: ‘Não sou responsável pela morte deste inocente. É problema vosso” (Mt. 27,24)

São as mãos de quem se desinteressa. São lavadas; fecham-se; protegem-se para não se gastar, para não se implicar, para não se comprometer... Mãos de cristal, de porcelana, eternamente imaculadas por não terem vivido nada, ou incapazes de acolher algo.
Mãos que nunca tocaram a terra, o corpo alheio; mãos incapazes de sentir, de ferir-se, de gastar-se um pouco. Mãos lavadas em água, mas regadas em sangue invisível. Mãos que bofeteiam o inocente, ou que rasgam hipocritamente as próprias vestes, escandalizadas por uma verdade que assusta. Mãos frias; mãos verdadeiramente mortas...
Quando? Em quê as minhas mãos são covardes?

3. Mãos servidoras

“Ao saírem, encontraram um cirineu, de nome Simão. E o requisitaram para que carregasse a Cruz” (Mt. 27,32)

Mãos de quem estende uma mão, para ajudar a carregar as cruzes, para aliviar o peso dos ombros, para emba-lar os rostos golpeados. Mãos estendidas... para dar a mão, levantar o caído, sustentar o fraco, curar o enfer-mo, guiar o cego, compartilhar com o pobre, libertar o prisioneiro.
Onde há um necessitado... uma mão estendida.  Dar a mão... uma mão amiga. Sem paternalismo que alimen-ta o ego de quem dá e humilha a quem recebe. As mãos... nunca para fazer o outro sofrer, mas fortes e libertadoras, criadoras de vida, mãos generosas que protegem e cuidam da vida ferida...
Quando? Em quê minhas mãos são servidoras?

4. Mãos transpassadas

“Então o crucificaram. E repartiram as suas vestes, lançando sorte sobre elas para saber com o que cada um ficaria” (Mc. 15,24).

Mãos transpassadas por cravos, por cansaços. Mãos que se erguem ao céu em súplica muda. Mãos que buscam algo com o qual saciar a fome dos filhos. Mãos que já não tem forças para sustentar nada.
Mãos que se apertam, desesperadas, em gesto de impotência.
Mãos que procuram ocultar os soluços quando não se pode mais. Mãos feridas, chagadas, atravessadas por cravos invisíveis. Mãos presas com cadeias de ódio, de exclusão, de rejeição. Mãos que batem em portas fechadas, desesperadas.. Mãos muito abertas, esperando ser acolhidas. Mãos já inertes pela derrota.
Quando? Em quê minhas mãos são transpassadas?

Uma mão esconde entre suas linhas a espessura profunda e o valor impenetrável de uma vivência única e irrepetível; exprime autoridade, elegância, dignidade, credibilidade, benção...
Uma mão se faz encontro. Vai aproximando, oferecendo, interrogando, esperando, indicando, saudando, acolhendo, bendizendo... Uma mão se abre, se oferece, se doa...
Ponha um pouco de amor em tuas mãos e tudo o que tocares tornar-se-á benção.

Pe. Adroaldo Palaoro sj
Coordenador do Centro de Espiritualidade Inaciana - CEI
26.03.2013

Semana Santa

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
~~Lurdes//catequista

HOMILIAS DO TRÍDUO PASCAL

MISSA DA CEIA DO SENHOR

Antes de realizar sua Páscoa, Jesus deu o sentido do que iria acontecer. Mais do que isso, Jesus deixou o memorial da salvação que trazia a toda a humanidade.
Jesus nos deu uma ordem: “Fazei isto em memória de mim”. Obedecendo ao mandato de Jesus, a Igreja torna perpétua a presença da vida de Cristo entregue ao mundo quando celebra a Santa Missa. Apesar das mudanças na forma da Missa ao longo dos séculos e dos diversos ritos litúrgicos, desde as origens, a Igreja continua repetindo o gesto de Jesus mantendo a sua essência. Dizemos que a Eucaristia é um memorial. Este termo nos traz à mente as palavras memória e recordação. Contudo, o termo memorial não significa uma mera lembrança do passado. A missa não é um teatro, pois o sacrifício que Cristo ofereceu na cruz torna-se sempre atual: todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, acontece novamente a nossa redenção. Em cada missa, Cristo está novamente presente: o Senhor que se oferece e o Senhor ressuscitado que nos anima.
Enquanto São Paulo e os evangelhos sinóticos nos trazem a ceia, João prefere relatar outro aspecto desta noite: o lava pés. Jesus veio para servir, dando a sua vida pela humanidade. A humildade do serviço nos remete a uma fraternidade universal e fundamenta o amor, e o amor é a base da comunhão. Se não há comunhão fraterna, a Eucaristia não pode ser celebrada, pois se comunga a própria condenação (1Cor 11,29). Como nos diz o mesmo São Paulo: “O cálice da bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo? Um é o pão e um é o corpo que formamos apesar de muitos; pois todos nós partilhamos do mesmo pão” (1 Cor 10, 16-17).
Jesus fez o que faz um servo, lavou os pés. A comunidade de Jesus é uma sociedade de irmãos que vive a experiência do amor, do serviço e da missão. Nela não há senhores e servos, não há classes, não há o predomínio do poder. Ninguém pode se utilizar de seus cargos, títulos ou papéis sociais para sobrepujar os outros, para ter privilégios. Na comunidade de discípulos de Jesus há irmãos que se colocam a serviço do Reino.
Neste ano, lavemos os pés dos jovens, como sinal de nosso compromisso com eles, pois eles precisam de nosso amor e abertura. Lavemos os pés dos jovens como sinal de que eles são apóstolos do mundo e da Igreja. Lavemos os pés dos jovens como sinal de penitência, por todas as vezes que lhes negamos espaço na comunidade eclesial, pelas vezes que não entendemos o seu fervor, pelas vezes que não investimos neles e não acreditamos numa Igreja jovem.

Pe Roberto Nentwig

Nos passos de Cristo


Com o Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa. É a 'semana maior' do ano litúrgico e da piedade popular cristã. A Igreja convida a vivê-la intensamente, acompanhando os passos de Cristo na sua humilhação, sofrimento e condenação à morte, para termos parte no triunfo de sua ressurreição gloriosa.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, no Domingo de Ramos, nos convidou a aclamar Jesus, o Ungido e Enviado de Deus, nosso Senhor e Salvador, com palmas nas mãos: palmas do martírio e da vitória do Vivente sobre a morte, do Rei da Vida sobre o reino da morte…

Na Quinta Feira Santa, a Missa do Crisma e da Renovação das Promessas Sacerdotais nos recorda somos o povo sacerdotal, que Jesus reuniu em torno de si e leva o seu nome; somos chamados a viver santamente e a proclamar a glória de Deus no mundo. Ao mesmo tempo, Jesus instituiu o sacerdócio ministerial, para que os sacerdotes, ungidos pelo Espírito de Cristo e com sua autoridade, continuem a ser para o povo sacerdotal aquilo que ele foi e continua a ser através deles: sacerdote, profeta e pastor.

Na Missa vespertina, 'na Ceia do Senhor', somos convidados a sentar à mesa pascal com Cristo. Lembramos a instituição da Eucaristia, sinal e sacramento da "vida doada" – de Jesus Cristo – em sacrifício amoroso pela salvação da humanidade. O Sacramento da Eucaristia nos enche de gratidão reverente e de alegria, porque é Jesus que se doa a nós, como alimento espiritual, companhia e presença real permanente, amor que amou até o fim. No "lava-pés", Ele nos deixou o exemplo, para que o imitemos no serviço humilde e dedicado aos irmãos: "Eu, que sou vosso Mestre e Senhor, dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa" (cf Jo, 13,14-15).

Continuamos a seguir os passos de Jesus Cristo na Sexta Feira da Paixão. No drama de sua prisão, julgamento, tortura, condenação à morte e crucificação, nossa fé e fidelidade a Cristo são postas à prova. Não o atraiçoemos nem façamos dele objeto de lucro avarento, como Judas Iscariotes; não fiquemos distantes e indiferentes diante dele, nem neguemos conhecê-lo, como Pedro; e nem fujamos dele, como quase todos os demais apóstolos, quando se faz difícil professar-se cristão, diante das injúrias, riscos ou cruzes, por causa de nossa fé e nossa pertença a Cristo e à Igreja dele. Fiquemos fiéis a Ele, firmes ao lado dele, como Maria, o apóstolo S.João, as santas mulheres… Sejamos testemunhas da verdade, contra toda forma de falsidade, corrupção e injustiça cometidas contra Ele, na pessoa dos irmãos que sofrem. Como o Cirineu, ajudemos a carregar a sua pesada cruz, que ainda pesa nos ombros de tantos irmãos sofredores; enxuguemos sua face ensanguentada nos rostos dos irmãos rejeitados pela sociedade, nas vidas inocentes violentadas, desprezadas, mandadas à morte…

Na Sexta Feira Santa, arrependidos, batamos no peito e peçamos o perdão por nossos pecados, bem sabendo que Ele morreu por todos e cada um de nós: não fomos nós que o exigimos: foi Ele que se entregou por amor, infinito amor, para estender-nos a mão misericordiosa de Deus. "Tanto Deus amou o mundo, que lhe entregou seu Filho único, para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna". (Jo 3,16). E cresça em nós o propósito de abandonar todo caminho que não seja aquele que Jesus abriu e indicou à humanidade, caminho de verdade, justiça, santidade e vida. Sigamos seus passos, para a superação de toda condenação injusta, toda violência e desrespeito pela pessoa do próximo. Ele nos convida a seguir seus passos, que levam à vida.

O Sábado Santo nos conduz à sepultura de Jesus, para prestarmos nossa homenagem a ele, cheios de gratidão e amor, como José de Arimatéia, Nicodemos, Madalena e as outras Marias… Sábado de vigília e de certeza que a vida já venceu a morte. Sim, porque Deus estava do lado dele; ele nada fez de mal e estava certo o centurião romano, ao exclamar, após a morte de Jesus: "verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!" (Mc 15,39). Sim, Deus não abandonou o seu Justo no pó da morte, mas o fez levantar-se e aparecer vivo diante dos discípulos e de muita gente!

A Vigília Pascal é a solene, reconhecida, tocante, alegre proclamação das maravilhas de Deus na criação e na obra da salvação, que tem seu momento culminante na vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. E nós, com firme fé, estamos com nossas lâmpadas acesas, à espera que o Senhor da Vida nos comunique a plenitude da sua vida, já manifestada no Mistério Pascal. Corramos ao seu encontro, como Madalena, Pedro e João, professemos nossa fé no Senhor ressuscitado, como os apóstolos, mesmo se vacilantes: Ele nos quer dar sua paz e confirmar nossos corações inconstantes, acompanhando-nos, como aos discípulos de Emaús, no caminho da vida.

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

sábado, 23 de março de 2013

Atividade Domingo de Ramos


DOMINGO DE RAMOS PARA COLORIR



FONTE: Blog Jardim da Fé.

ENTENDA O SIGNIFICADO DO DOMINGO DE RAMOS


O Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa, que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus agitando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: "Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas".
Os ramos apresentados pelo povo nos remetem ao sacramento do batismo, por intermédio do qual nos tornamos filhos de Deus e responsáveis pela missão da nossa Igreja. E o ato de levarmos os ramos para casa nos lembra que estamos unidos a Cristo na luta pela salvação do mundo.

A Procissão de Ramos tem como objetivo apresentar a peregrinação que cada cristão realiza sobre a Terra buscando a vida eterna ao lado do Senhor. Esse ato nos faz relembrar que somos peregrinos neste mundo e que o céu é o lugar de onde viemos e para onde devemos voltar.

Por fim, a Santa Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos nas mãos dos soldados na casa de Anãs, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do homem cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, o diálogo d'Ele com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.

O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruí-la; perder a vida para ganhá-la.

Professor Felipe Aquino

quinta-feira, 14 de março de 2013

Primeiras Palavras do Papa Francisco

Na íntegra

Antes de conceder a benção, novo Papa pede aos fiéis que rezem por ele.
“Irmãos e irmãs, boa noite.
Vocês sabem que o dever do Conclave é dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo no fim do mundo, mas estamos aqui. Agradeço a vocês pela acolhida na Comunidade Diocesana de Roma, como seu bispo. Obrigado.
Em primeiro lugar, gostaria de fazer uma oração pelo nosso bispo emérito, Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde. (Recitou o Pai Nosso, Ave Maria e Glória)
E agora, comecamos este caminho, bispo e povo, esse caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside na caridade com todas as Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor e de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que seja uma grande fraternidade. Vos desejo que este caminho de Igreja que hoje começamos – me ajudará o meu cardeal vigário aqui presente – seja frutuoso para a evangelização dessa sempre bela cidade.
Agora eu gostaria de dar a benção, mas antes vos peço um favor. Antes que o bispo abençoe o povo, eu peço que vocês rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo pedindo a benção pelo seu bispo. Façamos em silêncio, esta oração de vocês sobre mim (o Papa inclinou-se para receber a oração).
Agora vou abencoar vocês e todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade (o Papa prosseguiu dando a benção em latim e a indulgência plenária).
Irmãos e irmãs, vos deixo, obrigado pela acolhida. Rezem para que logo nos vejamos. Amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora, para que proteja toda a Roma. Boa noite e bom descanso”.
Ouça as primeiras palavra do Papa Francisco eleito hoje:
Confira também vídeo com o pronunciamento do Papa Francisco
Cardeal Jorge Mario Bergoglio é o novo Papa
Papa Francisco, primeiro Pontífice latino-americano – Foto: Clarissa Oliveira

Bendito aquele que vem em nome do Senhor: Francisco


Surgiu a fumaça na chaminé da Capela Sistina, parecia preta, mas, bastaram alguns segundos para percebermos que na realidade era branca. O repicar alegre dos sinos da Basílica de São Pedro confirmavam o que esperávamos: Temos um papa.
Poucos minutos depois a praça e via del conciliazione encontravam-se superlotadas, quem estava em Roma naquele momento diz que toda a cidade eterna parou. E parou para conhecer o rosto de seu novo pastor, o pastor universal.


Enquanto a multidão se comprimia em todos os arredores da basílica, nós aguardávamos em frente à televisão. Mais alguns minutos de espera, que se tornaram intermináveis pela ansiedade e pela curiosidade, e eis que então surge no balcão o Cardeal Francês Jean-Louis Pierre Tauran um homem de baixa estatura,  atacado pelo Parkinson que compromete sua saúde. O proto-diácono do colégio cardinalício falou de modo tão rápido e tão sem expressão que mal ouvimos o “habbemus papam”... Porém, conseguimos identificar um nome: Georgium Marium.


O homem inspirado pelo Espírito-Santo e confirmado pelos senhores cardeais era o Primaz da Argentina, Jorge Mario Bergoglio um jesuíta de 76 anos, que passou despercebido pelos holofotes das câmeras e pelos ferrenhos comentários dos “vaticanólogos”. O mundo se perguntava: da onde vem essa criatura? Quem será? O que vai falar? 

Alguns minutos a mais de espera e por volta das 20 horas e 30 minutos (horário de Roma). Vestindo apenas a batina papal branca, sem a tradicional murça ou estola, acompanhado dos gritos que o aclamavam e da execução da Marcha pontifícia surge o novo papa:






É Jorge Mario Bergoglio!





Ele aparece no balcão, sem qualquer expressão no rosto, atônito frente à multidão reunida, que se esgueira para vê-lo e ouvi-lo. Naquele momento me perguntava: O que estará passando na cabeça deste pobre homem?


O papa pareceu assustado, talvez tenha se dado conta da grandiosidade da missão a ser assumida. Levou alguns instantes para que aquele argentino, ferrenho na defesa da vida e da justiça, tomasse consciência de onde estava e o que agora representava para o mundo: É ele o 266° sucessor de São Pedro.


Ele falou com simplicidade. Antes de dar a bênção pediu a bênção. Gesto simples, mas carregado de grandeza e que gerou desconforto entre muitos. Bergoglio é homem de poucas palavras, dado a frugalidades, sabemos que em Buenos Aires renunciou ao Palácio Arquiepiscopal e que ele mesmo preparava suas refeições. Não possuía carro próprio e andava pra lá e pra cá de metrô ou de ônibus.


Recordo que há alguns anos, ele foi entrevista pela revista italiana 30giorni, que o foi encontrar num asilo, onde costuma servir a refeição para os necessitados.
Um papa que surge do novo mundo, o primeiro dentre os que viram, surgiu simples, sem grandes expressões, mas carregado por nosso afeto filial e por nossa oração.
Adotou o nome de Francisco, ainda não sabemos se é uma alusão a Francisco de Assis ou a seu confrade Xavier. Cremos que seja ao jovem de Assis, patrono da Itália, e porque não dizer que deveria ser da nova evangelização.

O rico Francisco ouviu no século XII a voz do Pai que lhe dizia: “Vai e reconstrói a minha Igreja”. Talvez o Papa que agora temos tenha esse objetivo: reconstruir!


Reconstruir a Igreja de Jesus Cristo, marcada pelas chagas e falhas humanas. Vivemos em um tempo de mudança, de crise, e precisamos de testemunhas do evangelho, como dizia Paulo VI.


Francisco de Assis foi enviado por Deus, num dado momento da história para reconduzir sua Igreja ao essencial. Francisco o Papa é aquele que vem em nome do Senhor para nos reconduzir ao essencial, para nos fazer viver as verdades do evangelho e da fé nestes tempos de mudança.



Bendito aquele que vem em nome do Senhor: Francisco, nosso pai comum!