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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

10 mandamentos para vivenciar em família

Família e Catequese
Entre tantas crises que vivemos nos dias atuais, fala-se insistentemente da crise da família. Mas não é a família que está em crise, porque todas as pessoas querem, buscam e procuram formar uma família, mesmo que não seja aquela família criada, querida e abençoada por Deus.
A família é uma realidade presente na vida humana desde o início da humanidade. Os primeiros capítulos do livro de Gênesis nos mostram isto. O que de fato está em crise – e o último censo com os primeiros dados publicados recentemente confirmam – é o matrimônio. O casamento religioso, especialmente, não é mais tão buscado e a sua realização não passa, muitas vezes, de um ato tão somente social.
A família continua sendo, em qualquer das suas expressões, o melhor espaço e a mais oportuna realidade para formar e orientar os filhos rumo a uma vida verdadeiramente humana, cristã e feliz. Ninguém como o ser humano, na sua infância, é carente de segurança, de carinho e de proteção.
A psicologia atual mostra seguramente que, desde o útero materno, a criança já vai assimilando e sentindo se é querida, se é amada e desejada. Portanto, desde esse tempo a mãe e o pai – a família – devem ajudar a nova vida a se desenvolver em todos os sentidos e aspectos, evitando trazer consigo problemas, complexos e traumas que irão desabrochar com o seu crescimento.
 
Portanto, a educação da fé, que é um processo catequético, não começa na catequese de primeira Eucaristia, como é pensamento de muitas pessoas. A catequese deve, de fato, começar quando a criança ainda não veio à luz.

Mandamentos para pais e filhos
Vamos refletir sobre um conjunto de dez mandamentos que poderão ajudar a vivência familiar. Em primeiro lugar vejamos os “dez desejos” dos pais em relação a seus filhos.

Os pais desejam que seus filhos:
1. cresçam e sejam felizes, realizados e respeitem a si mesmos e aos outros.
2. Estudem e saibam ter auto-estima, sintam-se capazes e úteis aos outros e satisfeitos no trabalho.
3. Tenham uma vida sadia no plano físico, psíquico, espiritual. Não tenham vícios.
4. Sejam responsáveis, tenham disciplina e conheçam os valores.
5. Nas dificuldades não percam a confiança conservando a paz interior e o desejo de vencer os problemas.
6. Não alimentem sentimentos de culpa em relação ao passado, medo do futuro, mas vibrem com o presente.
7. Sejam positivos e colaborem na vida familiar, pois os pais também aprendem com os filhos.
8. Evitem más companhias, tenham coragem de corrigir o que é mau e decidir pelo bem.
9. Sejam sensíveis com os outros, saibam partilhar, sejam solidários superando todo egoísmo.
10. Não percam o bom humor, saibam desdramatizar os problemas e buscar ajuda, para serem cidadãos construtores da sociedade nova mais humana e justa.

Vejamos agora as “dez maneiras” de os pais estragarem seus filhos:

1. Dar tudo o que os filhos quiserem.
2. Achar graça quando disserem nomes feios.
3. Nunca dar orientação religiosa.
4. Juntar tudo o que eles deixam jogado e desarrumado.
5. Discutir e brigar na presença deles.
6. Abarrotá-los de brinquedos, dinheiro, mimos, superproteção.
7. Não exigir nada, satisfazer todos os seus desejos.
8. Dar-lhes sempre razão, tomando sempre seu partido, desculpá-los sempre.
9. Estar sempre ausente, não acompanhar, acomodar-se, omitir-se.
10. Nunca elogiar, não dar carinho, não ter tempo e vingar-se.

Quais são os “dez mandamentos” do casal?

1. Nunca dramatizar os defeitos, mas saber elogiar as qualidades.
2. Nunca gritar um com o outro, nem fechar-se, mas sempre dialogar.
3. Saber ceder, saber perder, saber recomeçar perdoando sempre.
4. Dizer a verdade com amor.
5. Nunca humilhar o outro, principalmente diante de outras pessoas.
6. Não culpar, nem ridicularizar o outro recordando erros do passado.
7. Nunca ser indiferente “gelando” o outro. A indiferença dói mais que uma bofetada.
8. Nunca ir dormir sem perdoar.
9. Admitir as próprias limitações e procurar melhorar. É o dom da auto-crítica.
10. Rezar juntos, rir juntos, passear juntos e lembrar-se que quando um não quer, dois não brigam.

Por fim analisamos os “dez mandamentos” para construir uma família ideal:

1. Respeito mútuo na vivência cotidiana.
2. Sinceridade no falar e agir.
3. Generosidade nas tarefas da família.
4. Alegria e senso de humor que gera visão otimista e positiva de vida.
5. Tolerância que é resultado da cordialidade e da compreensão.
6. Consciência da dignidade da pessoa gerando relacionamentos de igualdade.
7. Flexibilidade para evitar rigorismos e permissividade.
8. Fidelidade cumprindo as responsabilidades e deveres.
9. Simplicidade e calor humano que leva a desdramatizar os problemas e encontrar soluções para as dificuldades.
10. Confiança nas pessoas e nas suas capacidades o que gera esperança e amor em quatro direções: dialogo, perdão, ternura e oração.

 Dom Orlando Brandes
Sabemos como é difícil atingir a família ideal. Muitas vezes os pais  sentem-se impotentes. Achamos que já fizemos tudo e que nada conseguimos.Entretanto esforçando-nos ao máximo, dando o melhor de nós por uma família mais feliz estaremos "enchendo de água a nossa talha", como nas Bodas de Caná (Jo:2, 1-11)  em que Jesus transformou a água no melhor dos vinhos. Confiemos em que assim também , nossa família será transformada.

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