HÁ SANTOS QUE SÓ DEUS SABE O NOME!
A frase acima do Papa
Bento XVI revela uma grande verdade e propõe um grande desafio na era do
ter: caminhar para a santidade e fazer crescer a lista dos Santos
conhecidos por todos e conhecidos por Deus.
O texto a seguir, escrito por João Guimarães em abril de 2011 é uma ótima explicação sobre o processo que faz com que alguém seja reconhecido como Santo. Apreciem-no!
Canonizar
é incluir, colocar o nome de alguém na lista oficial (Cânone) daqueles que a
Igreja considera como santos.
Há santos que estão no Céu e já foram
canonizados e há santos que estão no Céu, mas que sobre eles não houve ainda um
pronunciamento oficial da Igreja. Seus nomes ainda não foram postos
oficialmente na lista dos santos da Igreja.
Portanto, canonizar não é criar um
santo, fazer alguém "virar" santo. E isto, simplesmente, porque esse
alguém já era santo desde que morreu. Apenas não foi considerado pela Igreja
como tal. Após a canonização, o Santo pode receber, de toda a Igreja, uma
veneração pública e universal.
E a beatificação. O que vem a ser uma
Beatificação?
É o reconhecimento oficial que a Igreja
faz de que uma pessoa encontra-se no Paraíso, em estado de beatitude, podendo
interceder por aqueles que, em oração, recorrem a ela. Ela passa a ser
considerada um Beato. (Beato vem do latim beatus e significa abençoado.)
A Beatificação é, pois, uma das etapas
existentes no processo que deve culminar com a declaração da santidade de
alguém, feita pelo Papa, para todos os fiéis.
Existe uma etapa anterior à Beatificação
que também faz parte desse processo que é rigoroso e, na maioria das vezes,
longo: Servo de Deus. Nessa primeira etapa deve ser provada pelas investigações
que o candidato à beatificação praticou em grau heroico todas as virtudes
cristãs.
O candidato ao ser canonização recebe
automaticamente o título de Servo de Deus, assim que é a Santa Sé concede
licença para a abertura do chamado Processo de Canonização.
Em outros tempos o procedimento de
declaração de santidade de uma alma era diferente: havia aclamação dos fiéis.
Este método durou até o século XII. A partir de então, foram criadas normas que
regularizaram a declaração de santidade de alguém e o Papa tomou sobre si o
controle das canonizações. Essas normas foram ficando cada vez mais rigorosas.
Quando o Papa João Paulo II for
beatificado no próximo dia primeiro de maio, seu processo terá percorrido a
etapa inicial e caminha para seu desfecho na canonização.
Para chegar à Beatificação é necessário
que um milagre, alcançado através da intercessão do candidato à beatificação,
seja reconhecido pela Igreja. Só valem milagres acontecidos após a morte do
Beato.
Para os mártires não se exige nenhum
milagre, o processo é mais simples. Basta provar que morreram pela Fé. O
derramamento do seu sangue vale por muitos milagres.
João Paulo II já tem um milagre
atribuído à intercessão dele. E, quem já fez um, pode fazer outros mais...
A melhor lição que recebemos dos
santos, canonizados ou não, é o exemplo de vida e o amor a Deus que nos mostram
quando seguem os conselhos do evangelho: "Sede santos como vosso Pai é
santo!" (1 Ts 4.3) (JG)
Fonte: Arautos do Evangelho
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