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quinta-feira, 12 de julho de 2012

O que vem a ser uma Beatificação?

HÁ SANTOS QUE SÓ DEUS SABE O NOME!
A frase acima do Papa Bento XVI revela uma grande verdade e propõe um grande desafio na era do ter: caminhar para a santidade e fazer crescer a lista dos Santos conhecidos por todos e conhecidos por Deus. 
O texto a seguir, escrito  por João Guimarães em abril de 2011 é uma ótima explicação sobre o processo que faz com que alguém  seja reconhecido como Santo. Apreciem-no!

Canonizar é incluir, colocar o nome de alguém na lista oficial (Cânone) daqueles que a Igreja considera como santos.
Há santos que estão no Céu e já foram canonizados e há santos que estão no Céu, mas que sobre eles não houve ainda um pronunciamento oficial da Igreja. Seus nomes ainda não foram postos oficialmente na lista dos santos da Igreja.
Portanto, canonizar não é criar um santo, fazer alguém "virar" santo. E isto, simplesmente, porque esse alguém já era santo desde que morreu. Apenas não foi considerado pela Igreja como tal. Após a canonização, o Santo pode receber, de toda a Igreja, uma veneração pública e universal.
E a beatificação. O que vem a ser uma Beatificação?
É o reconhecimento oficial que a Igreja faz de que uma pessoa encontra-se no Paraíso, em estado de beatitude, podendo interceder por aqueles que, em oração, recorrem a ela. Ela passa a ser considerada um Beato. (Beato vem do latim beatus e significa abençoado.)
A Beatificação é, pois, uma das etapas existentes no processo que deve culminar com a declaração da santidade de alguém, feita pelo Papa, para todos os fiéis.
Existe uma etapa anterior à Beatificação que também faz parte desse processo que é rigoroso e, na maioria das vezes, longo: Servo de Deus. Nessa primeira etapa deve ser provada pelas investigações que o candidato à beatificação praticou em grau heroico todas as virtudes cristãs.
O candidato ao ser canonização recebe automaticamente o título de Servo de Deus, assim que é a Santa Sé concede licença para a abertura do chamado Processo de Canonização.
Em outros tempos o procedimento de declaração de santidade de uma alma era diferente: havia aclamação dos fiéis. Este método durou até o século XII. A partir de então, foram criadas normas que regularizaram a declaração de santidade de alguém e o Papa tomou sobre si o controle das canonizações. Essas normas foram ficando cada vez mais rigorosas.
Quando o Papa João Paulo II for beatificado no próximo dia primeiro de maio, seu processo terá percorrido a etapa inicial e caminha para seu desfecho na canonização.
Para chegar à Beatificação é necessário que um milagre, alcançado através da intercessão do candidato à beatificação, seja reconhecido pela Igreja. Só valem milagres acontecidos após a morte do Beato.
Para os mártires não se exige nenhum milagre, o processo é mais simples. Basta provar que morreram pela Fé. O derramamento do seu sangue vale por muitos milagres.
João Paulo II já tem um milagre atribuído à intercessão dele. E, quem já fez um, pode fazer outros mais...
A melhor lição que recebemos dos santos, canonizados ou não, é o exemplo de vida e o amor a Deus que nos mostram quando seguem os conselhos do evangelho: "Sede santos como vosso Pai é santo!" (1 Ts 4.3) (JG)

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