Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de São Francisco, Legenda major, cap. 3
«Ide e proclamai que está próximo o reino dos céus»
[O jovem] Francisco assistia devotamente à Missa em honra dos
apóstolos; o Evangelho era aquele em que Jesus envia os Seus discípulos a
pregar e lhes ensina a maneira evangélica de viver: «Não possuais ouro,
nem prata, nem cobre em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem
duas túnicas, nem sandálias, nem cajado». Logo que compreendeu e
interiorizou este texto, ficou apaixonado por essa pobreza dos apóstolos
e gritou, num transporte de alegria: «É isto que eu quero! É isto que
desejo com toda a minha alma!» E, sem mais, tirou os sapatos, deixou
cair o cajado, abandonou o alforje e o dinheiro como objectos dignos de
repúdio, ficou apenas com uma túnica, e deitou fora o cinto, que
substituiu por uma corda: pôs todo o seu empenho em concretizar o que
acabara de ouvir e quis conformar-se em tudo com esse código de
perfeição, dado aos apóstolos.
Um impulso comunicado por
Deus levou-o, desde então, à conquista da perfeição evangélica e a uma
campanha de penitência. Quando ele falava [...], as suas palavras eram
totalmente impregnadas pela força do Espírito Santo: penetravam até ao
mais profundo dos corações e mergulhavam os ouvintes em espanto. Toda a
sua pregação era um anúncio de paz, e começava cada um dos seus sermões
por esta saudação ao povo: «Que o Senhor vos dê a paz!» «Foi uma
revelação do Senhor que me ensinou esta fórmula», declarou mais tarde.
[...]
Falava-se cada vez mais do homem de Deus, dos seus
ensinamentos tão simples e da sua vida, e alguns, com o seu exemplo,
eram tocados por esse espírito de penitência e logo se juntavam a ele e,
deixando tudo e vestindo-se como ele, começaram a partilhar a sua vida.
São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de São Francisco, Legenda major, cap. 3
«Ide e proclamai que está próximo o reino dos céus»
[O jovem] Francisco assistia devotamente à Missa em honra dos apóstolos; o Evangelho era aquele em que Jesus envia os Seus discípulos a pregar e lhes ensina a maneira evangélica de viver: «Não possuais ouro, nem prata, nem cobre em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado». Logo que compreendeu e interiorizou este texto, ficou apaixonado por essa pobreza dos apóstolos e gritou, num transporte de alegria: «É isto que eu quero! É isto que desejo com toda a minha alma!» E, sem mais, tirou os sapatos, deixou cair o cajado, abandonou o alforje e o dinheiro como objectos dignos de repúdio, ficou apenas com uma túnica, e deitou fora o cinto, que substituiu por uma corda: pôs todo o seu empenho em concretizar o que acabara de ouvir e quis conformar-se em tudo com esse código de perfeição, dado aos apóstolos.
Um impulso comunicado por Deus levou-o, desde então, à conquista da perfeição evangélica e a uma campanha de penitência. Quando ele falava [...], as suas palavras eram totalmente impregnadas pela força do Espírito Santo: penetravam até ao mais profundo dos corações e mergulhavam os ouvintes em espanto. Toda a sua pregação era um anúncio de paz, e começava cada um dos seus sermões por esta saudação ao povo: «Que o Senhor vos dê a paz!» «Foi uma revelação do Senhor que me ensinou esta fórmula», declarou mais tarde. [...]
Falava-se cada vez mais do homem de Deus, dos seus ensinamentos tão simples e da sua vida, e alguns, com o seu exemplo, eram tocados por esse espírito de penitência e logo se juntavam a ele e, deixando tudo e vestindo-se como ele, começaram a partilhar a sua vida.
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