Existem em alguns lugares do Brasil, iniciativas lindas,
experiências riquíssimas no processo de Iniciação à Vida Cristã, usando do
método catecumenal. O interessante é que cada um vai descobrindo a melhor maneira de
se colocar em prática, adequando à sua realidade. Todos, porém, com o mesmo
objetivo: FORMAR CRISTÃOS.
Portanto, o que
partilho aqui, não são regras, normas,
mas, luzes! E a luz ilumina o caminho,
mas não é o caminho. Mesmo porque, no processo catecumenal, não existe um
caminho pronto, mas, pistas. De posse dessas pistas, luzes, começamos nosso
itinerário, sujeito a erros, tropeços. O importante é ter a coragem e ousadia
de dar o pontapé inicial.
A nossa catequese sempre caminhou e não podemos dizer
que a maneira com que fazíamos era errada. Todos nós devemos avaliar essa
caminhada, tirando dela coisas positivas, o que não podemos é parar no tempo,
pois tudo evolui.
A catequese que fazíamos a 20, 15 anos atrás, com algumas exceções, não acontecia o contato
direto com as famílias. Era comum chegar no dia da Primeira Comunhão, ter
pai/mãe que não conhecia o catequista e vice-versa. Tínhamos em mente que nossa
missão era unicamente com os catequizandos. Enchíamos a lousa de “conteúdos”,
as cadeiras colocadas em fila indiana, o catequista de pé, atrás de uma mesa.
Fazíamos “avaliações”, chamada oral de orações e até colocávamos de castigo os
“danadinhos”. Agíamos como professora e
muitas vezes, daquela, tipo “sargento”
Não tínhamos essa visão de que a catequese não é para
se receber sacramentos. Eu, particularmente, tinha plena certeza de que essa
era a meta da catequese. Como “catequista de Primeira Eucaristia”, achava que
minha missão acabava com a celebração da Primeira Comunhão. Não estava preocupada com uma catequese continuada, mesmo existindo
a catequese de perseverança, muitos se perdiam pelo caminho, ficando só na
Eucaristia. Não fazíamos essa ligação dos sacramentos de iniciação: Batismo,
Eucaristia, Crisma (essa é a ordem que usamos hoje). Aliás, o termo “Catequese de iniciação” se referia àqueles
que se inscreveram para a catequese de “Eucaristia”. Assim, automaticamente
reforçávamos que a catequese era pra se receber a Primeira Eucaristia.
Não sabíamos também que para uma pessoa ser
considerada INICIADA NA FÉ, era preciso
muito mais que fazer uma “coleção” dos três sacramentos. (A propósito quando é
que uma pessoa pode ser considerada iniciada na fé?)
Enfim, não tínhamos também em nossas mãos esse valioso
meio de comunicação, a internet para nos orientar, ajudando em nossa formação.
Olhando pra trás, podemos entender aquela frase: “Os
tempos não são melhores, nem piores, os tempos são outros”
Nos tempos atuais, temos uma proposta de catequese
que leve o catequizando, o catecúmeno a fazer a opção por Jesus, depois de
tê-lo conhecido. Esse Cristo morto,
ressuscitado, presente. Uma catequese casada com a liturgia, com ritos ricos em
significados. Uma catequese onde o catequista
não dá “aulas”, mas é um instrumento que facilita o encontro dos seus
catequizandos com o mistério divino, mistagógica, vivencial. Nossa meta é
formar cristãos convictos e comprometidos com a causa do Reino.
Lendo isso, muitos podem pensar: “ Estamos muito longe de ter em nossa paróquia essa
catequese!” O objetivo do blog, além de
formações, espiritualidade, orientações, partilha, informações daquilo que a
Igreja nos propõe, queremos motivar. Motivação nada mais é do que, dar motivos.
Por exemplo: os tempos são outros, nem melhores, nem piores, mas outros.
Desde o ANC (Ano Nacional de Catequese),em
2009, o que mudou em sua paróquia?
Em sua paróquia, diocese, foi oferecido alguma
formação sobre Iniciação à Vida Cristã, querigma, o RICA , a Catequese em estilo catecumenal?
Qual a data onde são celebrados os sacramentos de
Iniciação? No final do ano ou na Páscoa?
Os catequistas têm em mente que na catequese não
existem: professores, alunos, aula?
Os pais,
foram conscientizados da importância de uma catequese continuada e sem
quebras, e que seu filho(a) não está ali para receber esse ou aquele
sacramento, mas para se tornar um cristão maduro e adulto na fé?
Existe um trabalho organizado para se
trabalhar/evangelizar os pais?
Existe na sua paróquia uma estrutura para acolher
aqueles que acabaram de fazer a Primeira Eucaristia?
Toda caminhada, mesmo a mais longa, começa pelo
primeiro passo. Quando alguém partilha comigo suas conquistas, fico muito
feliz.
“Li sobre a
experiência de visitas nas famílias, achei interessante, passei à coordenadora
da catequese e decidimos que iríamos pegar o nome e telefone das crianças e que
faríamos as visitas nas casas. Mas, chegando lá, o que falar, como vou
abordar as famílias?”
“Uma coisa
conseguimos: mudar o calendário de nossa catequese para celebrar a 1ª
Eucaristia durante a Páscoa”
Avante exército de Deus! Podemos muito, basta
acreditarmos! Quem acredita, muda o que faz!
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