Com a Carta
Apostólica Porta Fidei, o nosso Papa Bento XVI convocou um ANO DA FÉ.
Esse iniciou no dia 11 de outubro, durante o Sínodo dos Bispos do mundo
inteiro, em Roma, com o tema “A nova evangelização para a transmissão da
fé cristã”, data que comemora o 50º aniversário do início do Vaticano
II e 20º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e
terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo, Rei do Universo...
Com o ANO DA
FÉ, o Papa pretende colocar no centro da atenção de toda a Igreja
espalhada pelo mundo aquilo que, desde o início do seu Pontificado, está
mais em seu coração: o encontro com Jesus Cristo e a beleza da fé
n’Ele.
Por isso o Papa
assim se expressa na Carta Porta Fidei que proclama o ANO DA FÉ: “A
porta da fé (cf. At 14,17), que introduz na vida de comunhão com Deus e
permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível
cruzar este limiar quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se
deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica
embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Esse caminho tem
início no Batismo (cf. Rm 6,4)” (PF n. 1). “Possa este Ano da Fé tornar
cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele
temos a certeza para olhar o futuro e a garantia de um amor autêntico e
duradouro” (PF n. 15).
Por
outro lado, a Igreja está bem consciente dos problemas que hoje a fé
deve enfrentar e sente cada vez mais atual a pergunta que o próprio
Jesus colocou: “O Filho do homem, quando voltar, encontrará ainda a fé
sobre a terra?” (Lc 18,8). O próprio Papa já afirmava, no discurso para a
apresentação dos votos natalícios à Cúria Romana, no dia 22 de dezembro
de 2011: “O cerne da crise da Igreja... é a crise da fé. Se não
encontrarmos uma resposta para esta crise, ou seja, se a fé não ganhar
de novo vitalidade, tornando-se uma convicção profunda e uma força real,
graças ao encontro com Jesus Cristo, permanecerão ineficazes todas as
outras reformas”. Do mesmo modo, durante a sua recente viagem à
Alemanha, tinha observado: ‘Porventura será preciso ceder à pressão da
secularização, tornar-se moderno através de uma mitigação da fé?
Naturalmente, a fé deve ser repensada e sobretudo vivida hoje de um modo
novo, para se tornar uma realidade que pertença ao presente. Para isso
ajuda não a mitigação da fé, mas somente o vivê-la integralmente no
nosso hoje. Esta é nossa tarefa central: o crer de modo mais profundo e
vivo. Não serão as táticas a salvar-nos, a salvar o cristianismo, mas
uma fé repensada e vivida de modo novo”.
Todos os(as)
catequistas do Brasil, em comunhão com o Papa e toda a Igreja, são
chamados a assumir o ANO DA FÉ com toda a força. Por isso, tudo o que
somos e faremos ao longo do ano, terá uma grande motivação: REPENSAR E
VIVER a fé, respondendo positivamente ao desejo do Papa: “que o ANO DA
FÉ, em cada crente, suscite o anseio de confessar a fé plenamente e com
renovada convicção, com confiança e esperança” (PF 9).
Também, com o
Papa Bento XVI, quero “confiar este tempo de graça à Mãe de Deus,
proclamada ‘feliz por que acreditou’ (cf. Lc 1, 45)” (PF15).
Dom Jacinto Bergmann
Arcebispo Metropolitano de Pelotas e
Presidente da Comissão Nacional de Animação Bíblico-Catequética
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