A fé é uma pura dádiva de Deus, que nós obtemos se intensamente a
pedirmos; A fé é a força sobrenatural de que necessariamente precisamos
para alcançar a salvação; A fé requer a vontade livre e a lucidez do ser
humano quando ele se abandona ao convite divino; A fé é absolutamente
segura porque Jesus o garante; A fé é incompleta enquanto não se tornar
operante no amor; A fé cresce na medida em que escutamos cada vez melhor
a Palavra de Deus e permanecemos com Ele, na oração, em vivo
intercâmbio; A fé permite-nos já a experiência do alegre antegozo do
Céu.
Muitos afirmam que “crer” é demasiado pouco; eles querem é “saber”. A
palavra “crer” tem, no entanto, dois sentidos completamente distintos.
Se um pára-quedista, no aeroporto, pergunta ao empregado: «O
pára-quedas está corretamente acondicionado?», e este casualmente
responder: «Hum, creio que sim...», isso então não lhe bastará; ele quer
mesmo saber. Se, todavia, ele tiver pedido a um amigo para acondicionar
o pára-quedas, e este lhe responder à mesma pergunta: «Sim, eu
pessoalmente encarreguei-me de o fazer. Podes confiar em mim!», o
pára-quedista responder-lhe-á então: «Está bem, acredito em ti!» Esta fé
é muito mais que “conhecimento”, ela significa “certeza”. E esta é a fé
que fez Abraão mudar-se para a Terra Prometida, esta é a fé que fez os
mártires perseverarem até à morte, esta é a fé que ainda hoje mantém de
pé os cristãos perseguidos. Uma fé que compreende todo o ser humano...
[YouCat 21]
Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor
recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. (Papa
Bento XVI - Porta Fidei)
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