Uma
mesma paixão nos une: Continuar a missão iniciada por Ele - “Ide fazer
discípulos entre todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho
ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”
(Mt 28, 19-20).
O
catequista é, antes de tudo, um discípulo e missionário de Jesus
Cristo. É alguém que foi seduzido por ele e que se deixou seduzir. Por
isso, procura viver na sua proximidade e intimidade. Nossa catequese
deve propiciar este encontro com Jesus através da partilha da Palavra,
dos momentos de oração e da vivência fraterna. A fé, mais do que um
conjunto de conhecimentos é, antes de tudo, um encontro com o Bem-Amado.
É nesta relação amorosa que os catequizandos precisam viver.
O
amor pelo Mestre leva os catequistas a seguir a sua mensagem numa
comunidade fraterna. Mesmo se a fé é uma decisão pessoal, ela só cresce
na convivência com os outros. A experiência de uma comunidade de fé e de
amor é fundamental para quem quer ser discípula/o de Jesus. A catequese
não pode ser vivida de maneira isolada. A comunidade é fonte, lugar e
meta da catequese.
O
zelo apostólico do catequista o leva a ser missionário. Não podemos
guardar para nós o tesouro que recebemos. Num mundo marcado por tanta
confusão ideológica e religiosa precisamos anunciar e testemunhar Jesus
Cristo, cujo conhecimento é a plena realização do ser humano. Faço eco
das palavras do Papa Bento XVI, ao recordar que os catequistas são
colaboradores competentes dos bispos e merecedores de confiança, e
também não são simples comunicadores de experiência de fé, mas devem ser
autênticos transmissores das verdades reveladas (cf. Discurso aos
bispos do Brasil).
Mais
do que nunca, a nossa catequese é chamada a transformar a realidade na
qual vivemos. “Será também necessária uma catequese social e uma
adequada formação na Doutrina Social da Igreja” (discurso do Papa Bento
XVI na abertura da Vª Conferência). A Campanha da Fraternidade deste ano
nos alertou sobre os problemas e as possibilidades da Amazônia. A
catequese não pode ficar alheia aos problemas atuais. Pelo contrário,
deve lançar as luzes da fé sobre as angústias e as esperanças das
pessoas e do mundo de hoje. A verdadeira fé nunca se acomoda, mas vive
na esperança que um outro mundo é possível.
Parabéns a você catequista, e que Deus o mantenha firme neste ministério!
Dom Eugênio Rixen
Bispo de Goiás
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Animação Bíblico-Catequética.
Bispo de Goiás
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Animação Bíblico-Catequética.
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