Sábado Santo, dia de esperança
A meditação sobre
o mistério da cruz de Cristo é fundamental para a vida de todo o
cristão. Na Quaresma e na Semana Santa, a reflexão sobre a Paixão de
Nosso Senhor ganha ainda mais importância. Neste tempo, ao meditar sobre
a Paixão de Cristo, também somos chamados a meditar sobre a Sua
Ressurreição, já que pelo batismo ressuscitamos com Ele para uma vida
nova (cf. Col 3, 1). O mistério da cruz e da ressurreição são realidades que fazem parte da vida cristã, por isso, precisamos aprender a conviver com elas.
Nesse tempo, somos
chamados a refletir a respeito do Mistério Pascal de Cristo, sua Paixão,
Morte e Ressurreição. Num primeiro momento, Jesus se apresenta a nós
como o Servo sofredor. Cristo crucificado é o homem das dores,
experimentado nos sofrimentos (cf. Is 53, 1-12). Porém, este mesmo
Servo, que sofreu e morreu por nós, ressuscitou e alcançou para nós a
Salvação. Estávamos perdidos por causa de nossos pecados, mas Ele
alcançou para nós a vida nova, que se dá pela ação do Espírito Santo em
nossas vidas.
Desta forma, o Sábado
Santo é o dia da espera, um dia não de luto, tristeza, mas de esperança.
Pois neste intervalo de tempo, a cruz toma o seu sentido pleno, na
espera da ressurreição. Por isso a cruz e a ressurreição são duas
realidades que revelam a presença do Mistério de Cristo em nossas vidas.
Jesus se faz presente, pois, pelo Seu Espírito, somos capazes de viver
essa vida nova. Esta é a presença do Ressuscitado em nós, que nos dá a
força para vivermos a radicalidade do Evangelho.
E já que ressuscitamos com Cristo, como explicar a realidade dos sofrimentos? Continuamos sofrendo porque, apesar de Cristo estar presente em nossa vida, com Ele está presente também o mistério da Sua cruz.
E já que ressuscitamos com Cristo, como explicar a realidade dos sofrimentos? Continuamos sofrendo porque, apesar de Cristo estar presente em nossa vida, com Ele está presente também o mistério da Sua cruz.
Ainda experimentamos o sofrimento, mesmo que pelo batismo ressuscitamos com Cristo,
porque a ressurreição ainda não se realizou plenamente e de modo
definitivo. No sacrifício da cruz, o Senhor pagou pelos nossos pecados e
tomou sobre si os nossos sofrimentos (cf. Is 53, 4-5). Este é o
mistério da cruz de Cristo Ressuscitado, que se deu na Sua Paixão e
Morte no madeiro da cruz e que faz parte da vida de todos os cristãos.
Por isso, somos chamados a entregar a Cristo os nossos sofrimentos, para
que estes, unidos ao Seu único e eterno sacrifício, tenham valor no
plano da salvação.
Meditar na cruz de Cristo
nos faz lembrar que Ele morreu por nossos pecados. Fomos sepultados com
Cristo, mas ressuscitamos com Ele e somos chamados a viver uma vida
nova e a buscar as coisas do Alto (cf. Col 3, 1). Nesse chamado, Jesus
não nos dá simplesmente uma ordem, mas também nos dá o auxílio do Seu
Espírito, por isso, podemos viver como filhos de Deus. Por Seu
sacrifício na cruz, Cristo pagou pelos nossos pecados, dessa forma,
somos capazes de romper com o pecado e viver essa nova vida.
A cruz de Cristo, os
sofrimentos e tendências para o pecado continuam a fazer parte de nossa
vida. Mas, Ele também está presente, até o fim dos tempos conosco (cf.
Mt 28, 20). O mistério da cruz e da ressurreição se
fazem presentes em nossas vidas até a vinda do Reino dos Céus, no qual
não haverá mais dor nem sofrimento. Nele acontecerá a nossa ressurreição
definitiva, não haverá mais choro nem lágrimas (cf. Ap 21, 4) e
viveremos com Cristo por toda a eternidade.
Natalino Ueda
Missionário da Comunidade Canção Nova
Missionário da Comunidade Canção Nova
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