“Ide, pois, fazer
discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que tenho vos ordenado. Eis que
estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”(Mt 28,19-20).
Hoje na catequética se fala muito em catecumenato, caminho
neo-catecumenal, Iniciação a Vida Cristã, querigma, mistagogia, caminho de
iniciação, e por ai vai. O que se sabe é que desde a igreja primitiva se tem
uma grande dificuldade no ingresso de novos membros na fé da Igreja. A solução
foi encontrada no catecumenato, foi um sucesso, e gerou até o núcleo de criação
e desenvolvimento do ano litúrgico que usamos hoje.
Para promover o que o Documento de Aparecida diz: “O encontro pessoal
com Jesus Cristo”, é preciso uma iniciação, fazer as pessoas mergulharem nas
riquezas e ensinamentos do Evangelho, iniciar com convicção e verdade na vida
da comunidade cristã, e assim, fazendo-as participar da vida divina, que são
expressas e fundamentadas na participação dos sacramentos.
A palavra “iniciação”, na sua etimologia, vem do latim, “in-ire”, ou seja, ir para dentro,
incluir a pessoa ao meio, ingressar, encaminhar. Iniciação é o processo que
coloca alguém na condição de entrar num novo estado de vida, numa comunidade.
Também a iniciação pode ser compreendida como “intro-ducere” = conduzir para dentro. A iniciação foi adotada e
contextualizada pelo cristianismo vindo de correntes não cristãs, onde
realmente havia uma verdadeira iniciação no mais profundo e rico sentido que a
palavra possui.
As catequeses da iniciação, que eram chamadas de “catequeses
mistagógicas”, no início do cristianismo, tinham uma linguagem simples,
popular, clara, objetiva, extremamente vivencial, teórica e prática. Os
educadores da fé ou catequistas adaptavam o conteúdo da fé a linguagem e as
necessidades dos ouvintes, deste modo, estes, ao ouvirem o ensinamento,
compreendiam e se tornavam testemunhas do conteúdo apreendido.
Na caminhada da Igreja no momento atual, a iniciação gradativamente vai
sendo incorporada, e tem como tarefa principal praticar a mandato missionário
de Jesus Cristo, ou seja: fazer verdadeiros discípulos, batizar da Trindade,
ensinar (Mt 28,19-20). Realmente, o mandato missionário de Jesus é envio e
missão, e é chamado de vocação cristã. Podemos dizer que nele está o fundamento
da Iniciação à Vida Cristã, como o agir missionário em resposta ao dinamismo do
Espírito, que impulsiona a Criação e nos convida a acolher a Revelação,
enviando-nos a anunciar a Boa Nova em todo o mundo.
Existem muitos desafios a serem vencidos, como a indolência do clero, a
falta de formação dos catequistas, subsídios deficitários, o medo do novo,
descompromisso com o rito, covardia para assumir uma nova roupagem da
catequese, corpo mole de muitos, falta de conformidade litúrgica e omissão no
acompanhamento da Iniciação à Vida Cristã de todas as partes, inclusive da
comunidade. Muitos que estão na frente da Igreja ainda não foram iniciados.
Vamos ter que trabalhar muito para colocar esse novo método catequético em funcionamento.
Força Catequese.
Encontramo-nos na Eucaristia e na oração.
Seminarista Alex Sandro Serafim
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