Autor: Pe. Juan Carlos Sack
Fonte: http://www.apologetica.org
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: http://www.apologetica.org
Tradução: Carlos Martins Nabeto
[Dando continuidade a esta Série, abordaremos hoje São Gregório
Magno, Eulógio de Alexandria, Isidoro de Sevilha e Bráulio de Saragoza].
GREGÓRIO MAGNO
Outro dos grandes Padres da Igreja ocidental. Nasceu em torno de 540.
Chegou a ocupar o cargo de Prefeito ou Alcaide da cidade de Roma.
Enviado pelo Papa a Constanstinopla como embaixador, foi eleito Papa e
exerceu o pontificado entre 590 e 604. Conservam-se numerosas pregações
de conteúdo bíblico e pastoral.
Comentando Jó 31,31 (“Por acaso não disseram os homens do meu povo:
‘Quem pode encontrar alguém que não tenha ficado saciado com a sua
carne?’”), disse:
- “Esta frase também pode ser entendida misteriosamente na boca do
Redentor, pois os varões do seu povo desejaram se saciar com as Suas
carnes, quer os judeus perseguidores, quer os gentios fiéis. Isto porque
aqueles tramaram extinguir o Seu corpo, como se O consumissem; e estes
desejam saciar o seu espírito faminto com as Suas carnes no sacrifício
diário da imolação” (Moralia 22,13,26).
É impressionante também – assim como vimos em muitos dos autores
citados – o testemunho de Gregório Magno acerca da Eucaristia como
recepção diária do sacrifício de Cristo.
EULÓGIO DE ALEXANDRIA
Patriarca de Alexandria de 580 a 607. Notável defensor da primazia da
Igreja de Roma. Defensor da doutrina católica contra o Monofisismo e o
Nestorianismo.
Estas palavras do orador do século VI respondem as objeções que ouvimos até hoje contra a Missa:
- “O venerando sacrifício que oferecemos do corpo do Senhor não é
oblação com vítimas diferentes, mas memória do sacrifício que de uma vez
por todas foi oferecido. Disse [Jesus]: ‘Fazei isto em minha memória’”
(Homilia dos Evangelhos 14,1).
ISIDORO DE SEVILHA
Homem de vastíssima cultura, desempenhou um papel de protagonista na
sociedade e Igreja do seu tempo. Presidiu o Concílio de Toledo de 633.
Morreu em 636. Escreveu obras de caráter gramatical, histórico e
enciclopédico, entre as quais se sobressai aquela intitulada
“Etimologias”.
Falando sobre Melquisedec, diz:
- “Os fiéis [cristãos] já não oferecem aquelas vítimas judaicas como
as que ofereceu o sacerdote Aarão, mas como aquelas que Melquisedec, rei
de Salém, imolou, a saber, pão e vinho, que é o verdadeiríssimo
sacramento do corpo e sangue do Senhor” (Da Fé Católica contra os Judeus
2,27,2).
- “A sabedoria de Deus – Cristo – fez para Si uma casa – a Santa
Igreja – na qual sacrificou as hóstias do Seu corpo, na qual misturou o
vinho do Seu sangue no cálice do sacramento divino (…) ‘Vinde: comei do
Meu pão e bebei do vinho que misturei para vós’ (cf. Provérbios 9,5);
isto é: ‘Tomai o alimento do corpo santo e bebei o vinho que misturei
para vós’; ou seja: ‘Recebei o cálice do sangue sagrado’” (Da Fé
Católica contra os Judeus 2,27,3).
Pregando sobre a necessidade de se conservar o jejum eucarístico (abter-se de comer antes de comungar), diz:
- “Na boca do cristão primeiro entra o corpo do Senhor, antes de todos os demais alimentos” (Do Ofício Eclesiástico 1,18,3).
BRÁULIO
Bispo de Saragoza. Exerceu grande influência nos governantes da
Península [Ibérica]. Participou ativamente do Concílio de Toledo. Morreu
em 651.
Em uma carta onde responde a algumas perguntas sobre supostas relíquias do sangue de Cristo, escreve:
- “Vamos ao que é verdadeiro e seguro; ao que nenhum cristão
autêntico e retamente católico pode pôr em dúvida ou discussão, a saber:
segundo as palavras do próprio Senhor e também conforme as Sagradas
Escrituras ordenadas pelo Espírito Santo, o pão e o vinho oferecidos a
Deus por nós no Sacramento é o corpo e o sangue verdadeiro de Cristo”
(Carta 42; “Estudios Onienses”, vol. 1, 2ª ed., J. Madoz, p. 183).
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