"Queridos
irmãos e irmãs,
No dia 19
de abril de 2005,, quando abracei o ministério petrino, disse ao
Senhor: «É um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo
pedis, confiado na vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que
me guiareis». E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca,
está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha,
não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a Deus que quero
agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da
barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o
Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e
sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído,
pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para
tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da
Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e
inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.
Amados
peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a
compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a
acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a
mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e
quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e
sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo
Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo
a Bênção Apostólica."
27/02/13
19:49:13
Amar a
Igreja significa também ter a valentia de tomar decisões difíceis,
tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de si próprio",
disse.
O pontífice, de 85 anos, afirmou que "não vai abandonar a Cruz" e que, pela oração, vai continuar a serviço da Igreja.
"Minha decisão de renunciar ao ministério petrino não revoga a decisão que tomei em 19 de abril de 2005 (ao ser eleito Papa)", disse.
"Não abandono a cruz, sigo de uma nova maneira com o Senhor Crucificado, sigo a seu serviço no recinto de São Pedro", completou.
Bento XVI também pediu que os fiéis orem pelos cardeais que, após a renúncia, terão de eleger seu sucessor, em uma tarefa que ele considera difícil.
"Orem pelo meu sucessor! Que Deus os
acompanhe", disse o Papa, despedindo-se dos fiéis.
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