Willieny Isaias Da Redação
Teólogo brilhante, Papa do amor, homem
culto, exemplo de humildade, homem de grande fé. São com essas palavras
que cardeais, bispos e leigos, ao narrarem sua experiência com Bento
XVI, expressam seu reconhecimento pelos quase oito anos de pontificado
do Papa alemão.
O Cardeal Arcebispo de Aparecida (SP),
Dom Raymundo Damasceno de Assis, ao se referir ao Sumo Pontífice,
destaca-o como um teólogo brilhante que entrará para a história como o
“Papa do amor”, o “Papa do Deus Pequeno”. Segundo o Cardeal, Bento XVI
fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu
ministério.
“Ele é um homem de grande fé, e penso
que esse seu último gesto foi o momento mais alto dos seus ensinamentos,
do seu magistério”, enfatiza o Núncio Apostólico em Israel e Delegado
Apostólico, em Jerusalém e na Palestina, Dom Giuseppe Lazzarott. De
acordo com o núncio, Bento XVI tem sido um maravilhoso professor e o
povo de Deus vai precisar de muitos anos para compreender o que ele tem
falado em suas mensagens. “Ao colocar o governo da Igreja em outras
mãos, o Pontífice tenta nos dizer que ele está deixando a Igreja nas
mãos de Jesus, porque ela é d’Ele; não é propriedade dos homens, muito
menos do Papa, mas de Cristo”, reiterou.
O prefeito emérito da Congregação do
Clero no Vaticano e ex-arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Cláudio
Hummes, ao falar da renúncia do Papa, afirma que “ele nos dá um grande
exemplo de humildade, de despojamento, de não estar aferrado ao poder”.
Por causa da proximidade que teve com Bento XVI, Dom Cláudio diz que foi
possível conhecer a personalidade do Pontífice e, assim, compreender a
decisão que tomou.
O Arcebispo de Belém do Pará, Dom
Alberto Taveira Corrêa, salienta que a mente mais lúcida e mais
competente que existe no mundo, e não só na Igreja, é a de Bento XVI.
“Quem ouve uma homilia do Papa, lê seus livros, seus discursos, fica
impressionado com a objetividade, a seriedade, a clareza, a brevidade na
maneira de expor os seus pensamentos, pois, realmente, ele ajudou a
Igreja a dar razão à própria fé”, destaca.
Três semanas antes de Bento XVI anunciar
sua renúncia, o Bispo da Diocese de Toulon, na França, Dom Dominique
Rey, encontrou-se com o Pontífice e conversaram por volta de uma hora.
“O Santo Papa é um homem culto e muito humilde, ele afirmava ser um
bispo como outro. Vi ali um homem simples, porém de decisão forte e
muito concreto”, testemunhou Dom Rey.
A cofundadora da Comunidade Canção Nova,
Luzia Santiago, diz que o Santo Padre deixa para o povo de Deus uma
herança de muito encorajamento em seu pontificado. “Tive a graça de, por
várias vezes, estar bem pertinho de Bento XVI. Um encontro com a
compaixão, com alguém profundamente terno, carinhoso, bondoso e
paternal. Um encontro com o amor de Deus Pai”, conclui.
“O testemunho do Papa Bento XVI é luz
para a vida consagrada no tempo atual”, afirma o Moderador Internacional
da Comunidade Emanuel Laurent Landette. O francês esclarece que a
decisão do Papa revela sua humildade, além disso, ensina que é preciso
ter um grande desejo de servir a Igreja, porém sem se apropriar da
missão e do cargo. “Bento XVI, com sua conduta, ajuda-nos a ver melhor
que é preciso servir com simplicidade, pobreza e desapego; de fato, é
edificante o testemunho do Papa”, elucidou.
De acordo com Dom Damasceno, o curto
período do Pontificado de Bento XVI foi “suficiente para ajudar a Igreja
a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões, bem
como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao
Deus criador e Senhor da vida”.
FONTE: Especial Papa Canção Nova
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