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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pentecostes


Os judeus  tinham uma festa de Pentecostes, que se celebrava 50 dias após a páscoa.  Nesta festa, recordavam o dia em que Moisés subiu ao monte Sinai e recebeu as tábuas da Lei, contendo os ensinamentos dirigidos ao povo de Israel. Celebravam assim, a  aliança do Antigo testamento que o povo estabeleceu com Deus: Eles se comprometeram a viver segundo seus mandamentos e Deus se comprometeu a estar sempre com eles.
Vinham pessoas de todos os cantos para a festa de Pentecostes no Templo de Jerusalém. Deus havia prometido mandar seu espírito em ocasiões diversas: Durante a Última Ceia,  Jesus lhes promete a  seus apóstolos o seguinte: “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco. O Espírito da  verdade, quem o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque ficará convosco e estará em vós.” (Jo 14, 16-17)

Mais adiante lhes disse:  “Disse-vos estas coisas, permanecendo convosco. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo o que vos tenho dito” (Jo 14, 25-26)
Ao terminar a  cena, volta a fazer a mesma promessa: “Contudo, digo-vos a verdade, a vós convém que eu vá; se eu não for, não virá a vós o Consolador; mas, se eu for, vo-lo enviarei. Ele, quando vier, argüirá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Sim, do pecado, porque não creram em mim; da justiça, porque vou para o Pai e vós não mais me vereis;  Enfim, do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas vós não as podeis suportar agora. Quando, porém, vier o Espírito da verdade, conduzir-vos-á à verdade integral. Pois, não há de falar de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão por vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo anunciará.” (Jo 16, 7-14)

No calendário do ano litúrgico, comemora-se Pentecostes no domingo subseqüente à festa da Ascensão de Jesus.  O significado do termo para os católicos, representa a festa celebrada pela Igreja 50 dias após a Ressurreição de Jesus (Páscoa).

 Depois da Ascensão de Jesus,  encontravam-se os apóstolos reunidos com a Mãe de Deus. Era o dia da festa de Pentecostes. Os apóstolos tinham medo de sair para pregar. Repentinamente, escutou-se um forte vento e línguas de fogo pousaram sobre cada um deles.  Cheios do Espírito Santo, passaram a falar em línguas desconhecidas.  Nesses dias, haviam muitos estrangeiros em Jerusalém, que vinham de todas as partes do mundo para celebrar a festa de Pentecostes judia. Cada um ouvia falar os apóstolos em sua própria língua e  compreendiam perfeitamente o que eles falavam. Todos eles, nesses dias, não tiveram medo e saíram a pregar ao mundo os ensinamentos de Jesus.  O Espírito Santo lhes concedeu forças para a grande missão que tinham de cumprir:  Levar a Palavra de Jesus a  todas as nações e  batizar todos os homens em nome  do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

O Espírito Santo de Deus é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja nos ensina que  o Espírito Santo é o amor que existe entre o Pai e o Filho. Este amor é tão grande e  perfeito que forma uma terceira pessoa. O Espírito Santo enche nossas  almas no Batismo e depois, de maneira perfeita, na Confirmação.  Com o amor divino de  Deus dentro de nós, somos capazes de amar a Deus e ao próximo. O Espírito Santo nos ajuda a  cumprir nosso compromisso de  vida com Jesus.   

Sinais do Espírito Santo - O vento, o fogo e a pomba 

Estes símbolos nos revelam o  poder que o Espírito Santo nos dá: O vento é uma força invisível, porém,  real.  Assim é o Espírito Santo.  O fogo, é um elemento que limpa. O Espírito Santo é uma força invisível e poderosa  que habita em nossos  corações e purifica nosso egoísmo para dar espaço ao amor. A pomba representa a simplicidade e a pureza que devemos cultivar em nosso coração. 

Nomes do Espírito Santo
O Espírito tem recebido diversos nomes ao longo do Novo testamento: O Espírito de Verdade, o Advogado, o Paráclito, o Consolador, o Santificador.

Missão do Espírito Santo

1. O Espírito Santo é santificador:  Para que o Espírito Santo possa cumprir com sua função,  é necessário que nos entreguemos totalmente a Ele e deixemo-nos conduzir docilmente por suas inspirações, para que possamos nos aperfeiçoar e crer todos os dias na santidade. 

2.  O Espírito Santo mora em nós:  Em João 14, 16, encontramos a seguinte passagem:   “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique eternamente convosco”. Também  em I Coríntios 3, 16:  “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”.  E por esta razão é que devemos respeitar nosso corpo e  nossa  alma. Está em nós, porque é o “doador da vida” e do amor.  Se nos entregarmos à sua ação amorosa e santificadora,  fará maravilhas em nós.  

3. O Espírito Santo ora em nós: Necessitamos de  um grande silêncio interior e de uma profunda pobreza espiritual para pedir que ore em nós o Espírito Santo. Deixar que Deus ore em nós sendo dóceis ao Espírito. Deus intervém por aqueles que o amam.

4. O Espírito Santo nos leva a verdade plena: Ele nos fortalece para que possamos ser testemunhas do Senhor, nos mostra a  maravilhosa riqueza da mensagem cristã, nos enche de amor, de paz, de gozo, de fé e crescente esperança. 

O Espírito Santo e a Igreja: 

Desde a  fundação da  Igreja no dia de Pentecostes, o Espírito Santo é quem a constrói, anima e santifica, lhe dá vida e unidade e a  enriquece com seus dons. O Espírito Santo segue trabalhando na Igreja de muitas maneiras distintas, inspirando, motivando e impulsionando os cristãos,  em forma individual ou como Igreja num todo, ao proclamar a Boa Nova de Jesus. 

Por exemplo, inspira ao Papa a levar suas mensagens apostólicas à humanidade;  inspira o bispo de uma diocese a promover determinado apostolado, etc.

O Espírito Santo assiste especialmente  ao Representante de Cristo na Terra, o Papa, para que guie retamente a Igreja e  cumpra seu trabalho de pastor do rebanho de Jesus Cristo.

O Espírito Santo constrói, santifica, dá vida e  unidade à Igreja.

O Espírito Santo tem poder de nos animar e nos santificar e lograr êxito em nossos atos que, por nossas forças, jamais realizaríamos.  Isto o faz  através de seus sete dons.     


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